Gradiva e Europa-América lançam abaixo-assinado sobre atitude do grupo Leya

por © 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

Lisboa, 14 Mai (Lusa) - A editora Gradiva e as publicações Europa-América consideram "absolutamente inaceitável que um grupo económico esteja a paralisar a realização de uma iniciativa tão significativa e emblemática como a Feira do Livro de Lisboa".

Num abaixo-assinado que começou hoje a circular entre os membros da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) e da União dos Editores Portugueses (UEP), e ao qual a agência Lusa teve acesso, lê-se ainda que a inscrição na Feira do Livro de Lisboa teve lugar no pressuposto de ter sido "garantida à APEL a sua realização, sabendo que esta associação a iria organizar mantendo o seu espírito de sempre".

Assim, "se a Feira do Livro de Lisboa vier a ser utilizada como instrumento dos objectivos empresariais de qualquer grupo económico, afectando o livro e a leitura, prejudicando os leitores, os autores e a generalidade das editoras independentes, as editoras abaixo indicadas recorrerão aos tribunais para serem indemnizadas por toda a significativa despesa que já fizeram para dignificar a apresentação dos seus pavilhões, e pelos prejuízos que o adiamento ou a não realização da Feira do Livro de Lisboa implicarem", diz o texto.

A descrição de "um grupo económico" será uma referência ao grupo editorial Leya, que está em conflito com a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) por causa da inserção de um novo tipo de pavilhões na Feira do Livro de Lisboa.

Entretanto, Zita Seabra, editora da Alêtheia, declarou à Lusa estar a ponderar se assina o abaixo-assinado.

Afirmando esperar que a Feira do Livro de Lisboa se realize, a responsável culpa a autarquia da capital pela falta de entendimento entre as partes, classificando a sua interferência como "lamentável".

"A Câmara Municipal de Lisboa não devia ter interferido, devia ter deixado os profissionais do sector entenderem-se", declarou ainda Zita Seabra, para quem a situação actual é "insustentável" .

A editora da Alêtheia sublinhou ainda que a Feira do Livro faz falta à cidade e aos editores para venderem os seus livros.

HSF/NL.


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