Gisela João, Joan as Police Woman e Gregório Duvivier no Teatro de Vila Real
O Teatro de Vila Real apresentou hoje a programação do próximo trimestre em que atuam Gisela João, Joan as Police Woman, Gregório Duvivier e Margarida, se celebra o 25 de Abril e Camões.
Entre abril e junho, o teatro municipal vai apresentar 10 produções de teatro, quatro de dança, seis espetáculos de música e 14 sessões de cinema.
"Continuamos, portanto, com uma programação diversificada que abarca várias artes, procurando ir ao encontro das expectativas e gostos dos mais diversos públicos", afirmou, em conferência de imprensa o presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos.
O próximo mês fica marcado pelo 51.º aniversário da revolução de Abril e, para o celebrar, o teatro apresenta seis propostas, entre as quais a peça "Uma ideia de Justiça" do Teatro do Bolhão, o concerto teatral "Quis saber quem sou" do Teatro Nacional D. Maria II, o concerto de Gisela João no dia 23, a atuação da Banda Sinfónica da PSP no dia 24 e as "Cartas de guerra" de Lobo Antunes transpostas para o cinema.
"A revolução de Abril de 74 e o que ela representa é um mote de resistência para estes tempos de mudança e de ameaça a valores que julgávamos e julgamos inquestionáveis. Por isso, importa de novo e sempre franquear as portas que Abril abriu", realçou Rui Santos.
A vereadora do pelouro da Cultura, Mara Minhava, destacou a celebração do Dia Mundial da Dança, a 29 de abril, com a transmissão em direto, a partir de Lisboa, do bailado "Coppélia" pela Companhia Nacional de Bailado.
No dia a seguir a Quorum Dance Company apresenta "A sagração da primavera -- made in China", de Igor Stravinsky, com coreografia de Daniel Cardoso e Xie Xin e, já em maio, o teatro regressa à dança com os espetáculos "O fio da Macaquinha", para crianças, e "Shortcut", ambos pela Companhia de Dança de Almada.
Na área do teatro há, segundo Mara Minhava, três estreias: uma nova adaptação de "Hamlet", de Shakespeare, "A alma do senhor Hitchcock" por Aquella Companhia e "Lobo" da Peripécia Teatro. Estas duas últimas produções são apoiadas pelo município.
"Fica claro que continuamos a trazer artistas nacionais e internacionais, ao mesmo tempo que continuamos a dar valor ao que se faz, ao que se produz localmente", salientou a vereadora, que destacou ainda o cuidado em "fidelizar o público".
Evocando o cinema itinerante e a biblioteca ambulante da Gulbenkian, o Trigo Limpo Teatro ACERT concebeu um teatrinho ambulante que vai levar palavra e o teatro à porta da Escola Morgado de Mateus e ao centro histórico da cidade de Vila Real.
Já na área da música, a cantora Margarida, com 17 anos e que é natural de Vila Real, estreia-se no grande auditório do teatro a 14 de junho.
O diretor do teatro, Rui Araújo, destacou ainda o concerto da norte-americana Joan as Police Woman, que este ano regressa a Portugal e passa, pela primeira vez, na cidade transmontana para apresentar o seu novo álbum "Lemons, Limes and Orchides".
O responsável destacou ainda a comédia poética interpretada pelo ator e humorista brasileiro Gregório Duvivier.
"Este espetáculo tem a particularidade, para nós muito interessante, porque de alguma maneira também se insere nas comemorações dos 500 anos do Camões, porque ele faz um texto à volta da língua portuguesa, de diversas nuances, da sua universalidade", referiu Rui Araújo.
Também para celebrar Camões, alunos de escolas de Vila Real e de Mesão frio vão participar na iniciativa "Visitações", do centro educativo do Teatro Nacional São João, através de uma parceria com o Plano Nacional das Artes.
Durante o trimestre haverá 14 sessões de cinema, com o diretor a apontar para o "Olhares do Mediterrâneo -- Women`s Film Festival", que integra sessões de cinema e uma oficina de canto mediterrânico.