Covilhã, Castelo Branco, 19 out (Lusa) - O WOOL - Festival de Arte Urbana da Covilhã vai continuar no sábado a transformar paredes e muros abandonados da cidade em obras assinada por artistas urbanos.
Entre sábado e segunda-feira, dias 22 a 24 de outubro, o artista português Alexandre Farto, com o nome artístico VHILS, vai esculpir retratos e letras numa parede da rua Visconde da Coriscada, uma das principais artérias da cidade.
A técnica do artista consiste em esculpir a superfície criando peças em baixo-relevo.
VHILS tem obras nas paredes e muros de Lisboa e Porto e em cidades estrangeiras como Londres, Moscovo, Bogotá, Nova Iorque ou Los Angeles.
Para domingo, dia 23, às 21:30, está marcada uma conversa com o artista no local.
O Festival de Arte Urbana da Covilhã "chama-se Wool [palavra para lã em inglês] para remeter para a história dos lanifícios da Covilhã e ao mesmo tempo para `wall` [parede em inglês]", explicou à Agência Lusa Pedro Rodrigues, um dos organizadores.
A iniciativa é organizada por um grupo de covilhanenses, entre os 32 aos 34 anos, que viu a iniciativa aprovada numa candidatura a apoios da Direção-Geral das Artes e lhe deu corpo através da firma Formas Efémeras, em parceria com a Câmara da Covilhã.
A primeira intervenção decorreu entre 1 e 4 de outubro, a cargo do grupo ARM Collective, que pintou diversas figuras e motivos artísticos nas fachadas de um edifício devoluto no largo da Igreja de Santa Maria.
Para a semana de 7 a 13 de novembro, está marcada a intervenção de Btoy, artista urbano de Barcelona, Espanha, "dedicada à arte com stencyl".
O artista proveniente da Catalunha vai ainda orientar uma oficina de arte em mural.
O último trabalho do WOOL, em dezembro, "vai decorar paredes de antigas fábricas de lanifícios da cidade com os retratos de pessoas que ali trabalharam", destaca Pedro Rodrigues.
Trata-se de um trabalho inserido no "Inside Out Projet" coordenador pelo artista urbano francês JR e pelas conferências internacionais TED (Technology, Entertainment, Design).
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