Fadista Manuel de Almeida recordado 10 anos após a sua morte

por Agência LUSA

O fadista Manuel de Almeida, falecido há dez anos, vai ser recordado quinta-feira, na Oficina das Artes, em Cascais, por um grupo de amigos, disse à Agência Lusa um dos organizadores da iniciativa.

"Trata-se de um convívio despretensioso de fadistas que recordam, no dia do seu nascimento, e se distinguiu pela maneira peculiar de interpretar o fado corrido", disse Vítor Duarte Marceneiro.

Opinião concordante tem o investigador Luís de Castro, que salientou também a sua vertente poética.

"Manuel de Almeida escreveu vários fados que interpretou, uma faceta que manteve até ao fim da sua carreira", disse Luís de Castro.

Manuel de Almeida nasceu em 1922 em Lisboa, sapateiro de profissão, "começou a cantar fado com dez anos de idade".

Desde 1937 começa a participar em espectáculos de amadores, vindo a profissionalizar-se só em 1951.

Manuel de Almeida gravou poucos discos, tendo feito a sua carreira essencialmente nas casas de fado.

Fez parte do cartaz da Casa Típica A Tipóia, durante 12 anos, esteve 11 no restaurante típico "Lisboa à Noite", e 16 anos no Forte D. Rodrigo, em Cascais.

Vítor Duarte Marceneiro salientou à Lusa "a afabilidade de trato que tinha com todos os colegas".

Entre os discos Luís de Castro salientou o seu trabalho em parceria com músico Rão Kyao "Eu Fadista Me Confesso" (1987).

Manuel de Almeida faleceu, vítima doença prolongada, em 1995,entre os seus fados de êxito, cite-se "Despedida", "Velho fado corrido", "Teus olhos", "Agradeço a Deus", "Toada do Alentejo", "Rapsódia" ou "Longe de ti".

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