Uma exposição inédita com quase 400 peças de leques, chapéus, toucados e acessórios de cabeça de mulher, homem e criança, usados em todo o mundo ao longo do tempo, vai inaugurar na sexta-feira, no Museu Nacional do Traje, em Lisboa.
Intitulada "Do Chapéu e do Leque: Função e Simbolismo", a exposição ficará patente até ao dia 02 de outubro, reunindo cerca de 300 chapéus, pertencentes aos acervos destes dois museus, e 80 leques, pertencentes ao Museu Nacional do Traje, segundo informação divulgada pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).
Esta exposição, integrada na programação da Lisboa Capital Verde Europeia 2020, é organizada em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa e o Museu da Chapelaria da Câmara Municipal de São João da Madeira e DGP), através do Museu Nacional do Traje, em Lisboa.
A mostra distribui-se por três locais, de forma complementar, podendo também ser visitada no Museu da Chapelaria, em São João da Madeira, e na Loja Lisboa Capital Verde Europeia 2020, até 02 de outubro.
"Ao longo da História, foram milhares os acessórios de moda criados nos mais variados formatos, cores, materiais e temáticas, entre os quais o chapéu e o leque", recorda a organização da exposição.
Utilizados como meio de proteção, comunicação e afirmação social, "cobiçados como objetos de design ou verdadeiras obras de arte, representam uma importante parte da diversidade cultural das sociedades do mundo", assinala a DGPC.
O Museu Nacional do Traje, criado em 1976 e instalado no Palácio Angeja-Palmela, com anexo do Parque Botânico do Monteiro-mor, reúne uma coleção de indumentária histórica e acessórios de traje, desde o século XVIII à atualidade, que apresenta ao público em exposição permanente e em exposições temporárias.
Por seu turno, o Museu da Chapelaria é tutelado pela Câmara Municipal de S. João da Madeira, que adquiriu, em 1996, o espólio industrial resultante do encerramento de várias unidades fabris relacionadas com a indústria de chapelaria.
Adquiriu também o edifício da mais importante unidade industrial deste ramo de atividade, a Empresa Industrial de Chapelaria (EICHAP), onde viria a ser instalado o museu.
Ao longo dos dez anos seguintes, várias equipas multidisciplinares desenvolveram projetos de investigação, grande parte deles financiados pelo então Instituto Português dos Museus/Rede Portuguesa de Museus e pelo município de S. João da Madeira.
Estes estudos foram a base do processo de musealização desta indústria, seguindo-se a reabilitação do edifício, financiada no âmbito do Programa Operacional da Cultura - III Quadro Comunitário de Apoio.
A inauguração do Museu da Chapelaria data de 22 de junho de 2005, com uma exposição permanente com sete áreas distintas, distribuídas por três pisos, cada uma dessas áreas relativa a uma fase distinta do processo de fabrico, apresentando respetivas máquinas, ferramentas, produtos e matérias-primas.