Escolhidos finalistas para Bienal de Arquitetura de Veneza, modelo é adotado a outros concursos

por Lusa

A escolha da representação oficial portuguesa na Bienal de Arquitetura de Veneza 2025 entra na fase final, com a seleção de três candidaturas das 31 apresentadas, num modelo que se estenderá a outras representações oficiais, segundo o Ministério da Cultura.

As candidaturas selecionadas são "What are we doing?", da equipa constituída por Joana Pestana Lages, Paulo Moreira e Gonçalo Folgado, "Paraíso, Hoje.", de Paula Melâneo, Pedro Bandeira, Luca Martinucci, Catarina Raposo e Nuno Cera, e "Reclaim, Repair, Regenerate: Towards a constellation of protocols", de António Pedro Faria, João Francisco Sousa, Miguel Teodoro, Nádia Santos e Tiago Ascensão.

Os três projetos finalistas foram escolhidos "por unanimidade" pelo grupo de trabalho responsável pela seleção, constituído pelos arquitetos Ana Jara, Ana Vaz Milheiro, Diogo Passarinho, Inês Lobo e Luís Santiago Baptista, adianta o comunicado do Ministério da Cultura hoje divulgado.

O projeto que vier a ser selecionado constituirá a representação oficial portuguesa na 19.ª Exposição Internacional de Arquitetura -- Bienal de Veneza, a acontecer de 10 de maio a 23 de novembro de 2025, sob o tema "Intelligens. Natural. Artificial. Coletivo", altura em que Portugal regressará ao palácio Fondaco Marcello, junto ao Grande Canal.

O processo de seleção da representação oficial portuguesa na Bienal de Veneza foi alterado pela ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, no passado mês de julho, passando a optar por uma chamada aberta "à manifestação de interesse", deixando para trás um processo baseado em convites, como aconteceu até ao ano passado.

"Após o sucesso desta experiência de abertura à apresentação de propostas, que garante uma participação ampla e transparente nas representações oficiais de Portugal, alteram-se os procedimentos de seleção para todas as representações oficiais, passando a ter regulamentação própria e libertando-se dos espartilhos jurídico-administrativos dos concursos limitados, até aqui obrigatórios", adiantou hoje o Ministério da Cultura

A escolha para a edição da Bienal de Veneza Artes Visuais 2026 também seguirá assim este novo modelo de seleção.

A "Chamada à manifestação de interesse" para a Bienal de Arquitetura 2025 foi lançada no passado dia 24 de julho. De acordo com o comunicado hoje divulgado, "foram apresentadas 31 propostas", tendo sido "selecionadas, por unanimidade, as três candidaturas que passam à fase final".

O Grupo de Trabalho, ainda segundo o Ministério da Cultura, "elaborou uma nota de agrado, não apenas pelo número de candidaturas recebidas, mas também pela diversidade das abordagens, pelos temas específicos e pela formação adequada dos elementos" das equipas.

"A qualidade e consistência da proposta curatorial, a resposta ao tema lançado pelo curador geral da Bienal de Veneza 2025, o Curriculum Vitae do candidato ou equipa e a apropriação do espaço do pavilhão" que vai acolher a representação portuguesa, eram os critérios de escolha, descritos no despacho de 24 de julho.

A segunda fase do concurso seguirá agora as regras estabelecidas para o modelo anterior de concurso limitado, a partir do convite de candidatos.

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