"Diários da Bósnia", do realizador Joaquim Sapinho, documentário de longa-metragem sobre as memórias da guerra que dividiu o país em dois, estreia a 13 de Julho nos cinemas portugueses.
De acordo com a produtora, a Rosa Filmes, esta terceira longa- metragem do realizador - depois de "Mulher Polícia" e "Corte de Cabelo" - é o primeiro documentário português distribuído pela Lusomundo.
"Diários da Bósnia" relata a experiência de Joaquim Sapinho em duas viagens para acompanhar o conflito entre sérvios e muçulmanos bósnios: no final da guerra, em 1996, quando foram assinados os acordos de Dayton, e em 1998.
O filme, de 77 minutos, é o diário destas duas viagens, durante as quais o realizador se confrontou com as memórias da guerra, a morte e a destruição por ela provocadas na Bósnia, e com a sobrevivência daqueles que "não sabem como voltar para casa".
"Entrelacei as duas viagens numa unidade que espero crie iluminações mútuas", explica o realizador numa nota sobre o filme, cujo objectivo é criar uma "dimensão do tempo, não do cronológico, mas do tempo emocional, com as suas leis próprias de repetição e irreversibilidade".
O filme, que terá ante-estreia a 04 de Julho na Cinemateca Portuguesa, participou em 2004 no 10º Festival Internacional de Pusan, na Coreia do Sul, na secção Wide Angle.
Nascido em Lisboa em 1964, o realizador rodou a sua primeira longa-metragem - "Corte de Cabelo" - em 1995 e fundou a produtora Rosa Filmes, tendo desde então participado em festivais de cinema internacional nomeadamente em Locarno, Berlim, Pusan e Chicago.