Diana de Houdon

por Sofia Leite

Esta estátua, de mármore e em tamanho natural, de Diana a caçadora é considerada a obra-prima de Jean Antoine Houdon, o mais célebre escultor francês do século XVIII, e um dos ex-libris do Museu Gulbenkian.

Houdon representou a Deusa da lua e da caça com os seus atributos, o arco e as flechas, e uns chifres na cabeça, símbolo da lua em quarto minguante, mas também, ao contrário do gosto da época, representou-a a correr e totalmente nua.

O excesso de nudez chocou a crítica, (fechou-lhe as portas das exposições oficiais), mas atraiu muitos curiosos ao seu atelier e as encomendas dispararam. A escultura (da figura mitológica) acabou por ser adquirida por Catarina a Grande e viajou em finais do século XVIII de Paris para São Petersburgo por via fluvial.

Em 1930 é Calouste Gulbenkian quem a compra ao governo soviético e a Diana, volta, cento e cinquenta anos depois, a fazer a mesma viagem, mas em sentido inverso, da Rússia para o palacete do colecionador em Paris.
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