A descoberta é avançada pelo arqueólogo e doutor em arquitetura Miquel R. Martí Maties, durante um congresso internacional de Engenharia Romana, em Santo Domingo de la Calzada.
A infraestrutura construída no século I d.c atravessava pequenas localidades como Chelva, Calles, Domeño e Tuéjar. Atualmente isso já não acontece devido a um deslizamento de terra em Chelvas que deixou uma abertura no canal de água, conhecido pela população local como a Varanda do Diabo.
Alguns historiadores afirmam que este episódio levou os engenheiros romanos a destruirem 6,4 quilómetros da infraestrutura e a desviá-la para áreas das montanhas geologicamente mais estáveis.
Os arqueólogos encontraram escrituras romanas que lhes permitiram ler "os nomes daqueles que bebiam e viviam nas aldeias romanas, com acesso aos canos e canais cobertos pelo aqueduto", acrescenta o arqueólogo.
O que resta desta obra clássica?
O património romano da cidade de Valência está a desaparecer aos poucos. O desenvolvimento urbano é a principal causa apontada para esta perda gradual.
Parte dos restos do aqueduto romano foi inundada em 1956 pela construção de um reservatório, situado ao lado do Parque Natural Chera-Sot de Chera.
Apesar do incidente, o arqueólogo Martí Maties conseguiu recuperar a forma original da construção, ao ter acesso a fotografias tiradas pelo exército dos Estados Unidos em 1956.
Atualmente, o aqueduto é visível entre as localidades de Tuéjar e Domeño com a extensão de 28,5 quilómetros e entre Vilamarxant e Valência com 26 quilómetros.