O crítico literário George Steiner morreu esta segunda-feira aos 90 anos na sua casa de Cambridge, Inglaterra. Nascido em Paris, em abril de 1929, no seio de uma família judia, George Steiner, que gostava de se pensar acima de tudo como professor, morreu três dias após a consumação do Brexit, que via como uma séria ameaça à Inglaterra, e 75 anos depois da libertação de Auschwitz, uma questão que sempre o acompanhou.
Le philosophe et critique George Steiner est mort https://t.co/i3lwyjxnNw
— Le Monde (@lemondefr) February 3, 2020
O New York Times lembra-o como uma figura de clivagens: “Os admiradores de Steiner considerarão brilhantes a sua erudição e argumentação. Os detratores irão vê-lo como demasiado palavroso, pretensioso e muitas das vezes impreciso”.
George Steiner era ainda um admirador confesso de António Lobo Antunes, que considerava um dos maiores escritores vivos. Steiner manifestou o desejo de um encontro com o escritor português e o pedido acabou por se concretizar há pouco mais de oito anos. Da conversa entre ambos nesse dia 9 de Outubro de 2011 ficou o registo que pode ser encontrado no YouTube.
George Steiner deixa a sua mulher Zara Alice Shakow, historiadora de relações internacionais e também ela professora, uma filha, um filho e duas netas.