A companhia de dança Paulo Ribeiro, que era residente no Teatro Viriato, em Viseu, vai instalar-se no Convento São Francisco em Coimbra, ainda no primeiro semestre, anunciou hoje a Câmara Municipal.
"A Companhia Paulo Ribeiro, uma das principais referências nacionais de dança contemporânea, vai passar a trabalhar em Coimbra, a partir do Convento São Francisco", afirmou hoje a Câmara Municipal de Coimbra (CMC), em nota de imprensa enviada à agência Lusa.
Segundo a mesma nota, o coreógrafo Paulo Ribeiro "esteve recentemente na cidade em visita a vários locais, sendo que as negociações com a autarquia entram agora na fase final".
O objetivo passa por instalar a companhia de dança em Coimbra ainda durante o primeiro semestre do ano, passando a trabalhar "em pleno a partir daquela que é uma das cidades candidatas a Capital Europeia da Cultura em 2027" (o livro de candidatura de Coimbra apresentado em dezembro comprometia-se a instalar uma companhia de dança até 2023).
"A companhia, até aqui residente no Teatro Viriato, em Viseu, pretende manter a colaboração e o trabalho desenvolvido com Viseu e desenvolver os laços com outras companhias nacionais e internacionais, projetando a dança para novas dimensões", esclarece a nota de imprensa.
O município recorda que a intenção de ser criada uma companhia profissional de dança na cidade já tinha sido manifestada há cerca de um ano, estando o novo executivo, liderado por José Manuel Silva, "fortemente empenhado na sua concretização".
"A vinda para Coimbra da Companhia Paulo Ribeiro é um sinal claro e inequívoco da importância que damos à cultura e às estruturas profissionais. Coimbra não quer apenas ser palco de exibições. Quer ser centro de criação", afirmou o presidente da Câmara, citado na nota de imprensa.
Na mesma nota, o coreógrafo Paulo Ribeiro (que foi diretor do Teatro Viriato e da Companhia Nacional de Bailado) mostra-se "profundamente grato" pela oportunidade "e pela possibilidade de trabalhar a partir de uma cidade como Coimbra e de um equipamento como o Convento São Francisco".
Na reunião de Câmara de hoje, a vereadora do PS Carina Gomes, que assumiu a pasta da cultura no anterior executivo, considerou que a instalação de uma companhia residente no Convento São Francisco "é uma péssima ideia".
"Seja uma orquestra, seja uma companhia de teatro, uma estrutura residente resultará de forma danosa na vida quotidiana do Convento, na gestão da programação e na gestão dos eventos corporativos", criticou, lançando um apelo para que não seja tomada uma decisão "precipitada".
Em resposta, José Manuel Silva frisou que a decisão "foi ponderada, tomada e irá avançar".