Coimbra quer afirmar-se como cidade do 25 de Abril e de Camões

por Lusa

Coimbra quer afirmar-se como "uma cidade do 25 de Abril e de Camões", dois temas que servem de base para a programação da Feira do Livro, que teve início hoje de manhã, disse o presidente da Câmara.

"Estes são dois temas fortíssimos, que vão marcar toda a Feira [do Livro] e nós queremos, de facto, afirmar Coimbra como uma cidade do 25 de Abril, mas também como a cidade de Camões", declarou hoje aos jornalistas José Manuel Silva, numa visita à Feira do Livro de Coimbra.

O presidente da Câmara disse que Coimbra se orgulhou por as comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas [10 de junho] tivessem passado pela cidade, "porque de facto marcou uma posição muito forte de Coimbra como a cidade da cultura, da literatura, a cidade que D. João III elegeu como capital nacional da cultura".

"E nós estamos a honrar esse passado com a dinâmica que estamos a dar a Feira do Livro", completou.

A 45.ª edição da Feira do Livro de Coimbra teve início na manhã de hoje e decorre até ao dia 23 com um programa que contempla mais de uma centena de atividades dirigidas a todos os públicos e a presença de dezenas de stands.

"Todos os eventos são de grande qualidade. Convido as pessoas a lerem o cartaz de espetáculos e de eventos culturais da Feira do Livro, que é extraordinariamente diversificado", vincou José Manuel Silva.

O presidente da Câmara Municipal de Coimbra destacou ainda a expansão da Feira a outros espaços da Baixa, nomeadamente o Largo do Romal e o Largo do Poço, para além da Praça do Comércio, onde habitualmente decorre.

"Um dos nossos objetivos era alargar a Feira do Livro a mais espaços [...], porque queremos que a Baixa seja uma grande aldeia do livro, da cultura, das pessoas, das famílias", justificou.

Com o lema curatorial "10 vezes 50 anos", para assinalar os 50 anos do 25 de Abril e os 500 anos do nascimento de Camões, a Feira soma 58 representações, entre alfarrabistas, editores e livreiros (mais 17 do que em 2023), repartidos pelos 48 stands (oito a mais do que na última edição), e 116 atividades (o dobro do ano passado), tendo a autarquia investido 200 mil euros (70 mil euros a mais, comparativamente a 2023).

"Estamos no caminho do crescimento, fizemos mais investimento para isso [...], porque obviamente para crescer tem que se investir, mas isso também se deve a nossa maior disponibilidade por força da implementação da taxa turística, que obviamente nos está a ajudar muito na promoção da cultura, do turismo, na colaboração da mitigação das consequências que mais turismo traz para a cidade e também no apoio às freguesias", afirmou.

No decorrer do fim de semana, os três espaços da cidade que recebem a Feira acolhem apresentações de livros, encontro com escritores, conversas, jogos de tabuleiro, concertos e oficinas, entre outros, havendo ainda diversas atividades marcadas para os outros dias do evento.

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