Cerimónias fúnebres do poeta e jornalista Henrique Jorge Segurado Pavão realizam-se no sábado
As exéquias do poeta e jornalista Henrique Jorge Segurado Pavão, que morreu hoje, aos 90 anos, realizam-se no sábado, na Basílica da Estrela, em Lisboa, disse à Lusa a filha.
No sábado, pelas 16:00, será celebrada missa de corpo presente, seguindo-se o funeral para o Cemitério do Alto S. João, também em Lisboa, onde se realiza a cerimónia de cremação.
Na Basílica, o acesso à capela mortuária é restrito, segundo as normas da Direção-Geral da Saúde, em vigência, devido à pandemia de covid-19.
Henrique Jorge Segurado Pavão nasceu no dia 06 de abril de 1930, em Lisboa. Como jornalista assinava Henrique Pavão. Trabalhou no diário O Século, a partir de 1956, e foi um dos jornalistas societários na fundação do semanário O Jornal, onde desempenhou funções de administrador.
Trambém trabalhou nos vespertinos República e Diário de Lisboa, colaborou com a Gazeta Musical e o JL- Jornal de Letras, Artes & Ideias, entre outras publicações.
Como poeta, assinou como Henrique Segurado, e foi o último poeta do grupo Távola Redonda, do qual fizeram parte, entre outros, António Manuel Couto Viana, David Mourão-Ferreira e Luís de Macedo.
Henrique Segurado é autor de "Asa de Mosca" (1960), "Ressentimento Dum Ocidental "(1970), "Almocrevce das Palavras" (2011), que reuniu a sua poesia de 1969 a 1989, e "Debaixo das Tílias" (2012), com a sua poesia escrita entre 1990 e 2010.
Como Henrique Jorge deu à estampa "Emigrantes do Céu", em 1953, pela Távola Redonda.
Henrique Jorge Segurado Pavão esteve também ligado ao negócio livreiro, a partir de 1976, através da abertura, em Lisboa, da Livraria Castil-Castilho, à qual se seguiram as lojas Castil-Alvalade, Castil-Benfica e Castil-América, às quais se juntaram a AZ-Olivais e a AZ-Bom Sucesso, no Porto, estas duas últimas em colaboração com o grupo Valentim de Carvalho.