Lisboa, 20 nov (Lusa) -- Quando morreu, a 20 de novembro de 1910, Lev Tolstói era o escritor mais famoso da Rússia e um dos mais lidos do mundo, e cem anos depois mantém-se o fascínio pela obra e homenagens assinalam a data.
"Se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia", escreveu Lev Nikoláievich Tolstói (cujo primeiro nome é também grafado como Liev, Léon, Leo e Leão), morto aos 82 anos, vítima de uma pneumonia, na estação de comboios de Astapovo, após uma dramática fuga de casa, deixando para trás a mulher e os 13 filhos para viver uma vida mais simples e despojada.
Um dos escritores mais biografados do mundo, cuja vida faustosa foi marcada pela contradição com os seus ideais pacifistas, anarquistas e de cristão libertário, como se definia, não morreu só, como temia, mas rodeado de jornalistas que acamparam junto do local onde se encontrava agonizante, à espera de notícias.