A cantora Bjork edita segunda-feira o álbum "Volta", um registo que assinala o regresso ao lado mais extrovertido da artista islandesa, três anos depois de "Medulla".
Para este sexto álbum de originais, Bjork convocou vários artistas internacionais, entre os quais os produtores Timbaland e Mark Bell, os congoleses Konono n.º 1, o tocador de kora maliano Toumani Diabaté, o cantor britânico Antony Hegarty e a chinesa Min Xiao-Ben.
Em entrevista ao jornal New York Times, no final de Abril, Bjork descreveu "Volta" como um álbum de tecno vudu, pagão e tribal, uma sonoridade que contrasta totalmente com o álbum anterior, "Medulla", feito quase todo de filigranas vocais da cantora islandesa.
"Volta" foi gravado em três países e representa um regresso ao mundo exterior, por oposição a "Medulla", composto e registado em casa quando Bjork se dedicou a uma segunda maternidade.
O primeiro single a retirar do álbum é "Earth Entruders", um tema que Bjork diz ter surgido como um tsunami: "Provavelmente é a música mais caótica que alguma vez escrevi".
Entre os dez temas gravados há ainda "Wanderlust", eleito pela cantora como o manifesto de todo o álbum, "My Juvenile", interpretado em parceria com Antony Hegarty, ou "Hope", que fala sobre bombistas suicidas.
Ainda Bjork estava a preparar o álbum e já a digressão mundial estava a ser definida.
"Quase que planeámos a digressão antes de lançar o álbum porque estou com muita vontade de formar uma banda e tocar ao vivo e estar fisicamente com os músicos", afirmou a cantora em Abril ao jornal britânico The Guardian.
A cantora, que apresentou na semana passada o novo conceito do concerto no festival Coachella, nos Estados Unidos, tem prevista uma série de actuações na Europa a partir de meados de Junho.
Bjork, que actuou em 2003 em Portugal, não tem agendada para já qualquer passagem por palcos portugueses.
A 13 e 18 de Julho estará em Bilbau e Madrid, seguindo a 25 de Julho para Nyon, em França.
Bjork, que gravou o primeiro álbum aos 11 anos e integrou o grupo rock Sugarcubes nos anos 1980, lançou em 1993 o álbum "Debut", um estreia auspiciosa que a lançou como uma das mais irreverentes e inventivas artistas da área da música electrónica.
Seguiram-se os registos "Post" (1995), "Homogenic" (1997), "Vespertine" (2001), um álbum que representa uma viragem musical, mais introspectivo e intimista, com recurso a instrumentos de cordas, e "Medulla" (2004), onde Bjork explora a potencialidade e a extensão da sua voz.