A III Bienal Internacional de Gravuras de Alijó, entre 10 de Agosto e 10 de Setembro, vai expor 203 trabalhos assinados por 85 artistas de 25 países, anunciou hoje a organização do certame.
Este evento internacional de Artes plásticas "pretende e tem vindo a conseguir, um lugar de destaque nos acontecimentos culturais promovidos por esta região Património da Humanidade", disse à Lusa o director da Bienal, Nuno Canelas.
A exposição será inaugurada na próxima quarta-feira, às 18:00, no pavilhão gimnodesportivo de Alijó.
Alguns dos trabalhos vão ser depois doados ao futuro Museu de Gravura Contemporânea de Alijó, um objectivo do Núcleo de Gravuras do Douro, que se pretende implantar com o espólio artístico herdado das próximas bienais.
Segundo Nuno Canelas, o Museu de Gravuras culminará um projecto destinado a organizar acções de formação nas escolas, promover exposições temporárias e dinamizar as oficinas de gravura, através das quais centenas de jovens têm aprendido esta arte secular.
"Será o primeiro museu do género do país e ajudará no desenvolvimento cultural do concelho de Alijó, do Douro Património Mundial e de toda a região de Trás-os-Montes e Alto Douro", salientou o responsável.
Para a concretização deste projecto, a organização da bienal e a Câmara de Alijó estabeleceram um protocolo que estabelece a doação, por parte da organização, do espólio artístico e garante uma parte do financiamento que assegure a continuidade deste evento Internacional.
A Bienal de Gravura 2005 vai ainda prestar homenagem aos artistas transmontanos Gil Teixeira Lopes e Nadir Afonso, através da exposição de 20 gravuras da sua autoria, na Galeria de Arte do Teatro Auditório Municipal de Alijó.
Nuno Canelas classificou Gil Teixeira Lopes, natural de Mirandela, como "o maior gravador português de sempre" e considerou Nadir Afonso, natural de Chaves, "um dos grandes vultos das artes plásticas nacionais".
No pavilhão gimnodesportivo de Alijó haverá também uma exposição colectiva dos comissários da bienal em representação do Canadá (Jo Ann Lanneville), da Sérvia e Montenegro (Dragan Zdravcovic), da Bélgica (Hugo Besard), do Japão (Noguchi Akèmi), de Portugal (Bartolomeu dos Santos), dos Ateliers Graff e Circulaire no Canadá (Carlos Calado) e ainda dos comissários gerais da bienal Nuno Canelas e Daniel Hompesch.
Paralelamente à bienal, decorrerá uma oficina de gravura em metal nas instalações do Núcleo de Gravura de Alijó e é dirigido aos mais jovens.
Com um orçamento de 32,5 mil euros, a organização da bienal vai ainda promover workshops, concertos de jazz, rock, espectáculos de teatro contemporâneo, animação de rua e exposição de vinhos.
"Esperamos uma grande afluência de visitantes a este certame internacional único em Portugal", afirmou Nuno Canelas.
A bienal conta com o apoio da câmara e da Junta de Freguesia de Alijó.