"As casas são as coisas que eu mais gosto e mais me orgulho", diz o vencedor do prémio Pessoa

por RTP
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O arquiteto Manuel Aires Mateus venceu o Prémio Pessoa 2017. "O prémio é sempre uma surpresa. É uma surpresa que nos deixa contentes e é o que é", revelou o arquiteto em entrevista à RTP. Aires Mateus considera que a arquitetura em Portugal ainda tem que "dar muitos passos", no sentido de a sociedade a reconhecer.

O arquiteto Manuel Aires Mateus é reconhecido pela sua arquitetura moderna e contemporânea. O Centro de Criação Contemporânea de Tours, em França e o Museu de Design e Arte Contemporânea de Lausanne, na Suíça, são duas das suas obras de destaque no estrangeiro. Em Portugal, Aires Mateus idealizou a sede da EDP em Lisboa.

“Eu acho que a nossa obra está sempre em continuação mas eu gostava de dizer uma coisa sobre a ideia deste prémio. Um dos valores deste prémio é que ele premeia também um trabalho feito por todos os arquitetos que antecederam. Não só os galardoados, que são obviamente arquitetos que eu admiro e que foram fundamentais num percurso mas também outros nomes como o Siza, o Byrne, que no fundo permitiram que hoje a arquitetura esteja em foco e que permite que possa ser atribuído um prémio destes a um arquiteto”, revelou em entrevista à RTP o arquiteto português.

Manuel Aires destacou ainda o facto de a arquitetura portuguesa ter a capacidade de fazer muito com pouco, um fator considerado histórico pelo arquiteto.

O agora galardoado com o prémio Pessoa 2017, considerou ainda que cada vez mais “temos uma arquitetura interessante e até, fundamentalmente, a arquitetura mais jovem. Nós hoje temos imensos jovens que têm hoje um percurso mesmo internacional fabuloso”.

Aires Mateus considera que a arquitetura em Portugal ainda tem que "dar muitos passos", no sentido de a sociedade a reconhecer.

Falando sobre a obra que mais se orgulha de ter feito, Manuel Aires Mateus destacou que “há um tema, mais do que uma obra que sempre nos interessou muito que é a casa individual. Pela possibilidade de procura e de investigação que se pode fazer a partir da casa mas também porque é um projeto em que os clientes se envolvem muito. Portanto, permite ao arquiteto verdadeiramente estabelecer um diálogo. É um trabalho muito rico. As casas são as coisas que talvez eu até hoje fiz que mais gosto, que mais me orgulho”.


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