Artista plástico António Sena morre aos 83 anos

por Lusa

O artista plástico António Sena morreu na quarta-feira, aos 83 anos, em Lisboa, disse o Museu Nacional de Arte Contemporânea (MNAC), numa nota hoje divulgada.

"No desaparecimento do artista António Sena, o MNAC apresenta à família e amigos as nossas mais sentidas condolências", lê-se numa publicação partilhada na conta oficial do museu na rede social Facebook, na qual é referida a data da morte: 16 de outubro de 2024.

António Sena, que nasceu em Lisboa em 02 de fevereiro de 1941, inscreveu-se no Instituto Superior Técnico e na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, mas acabou por seguir a via artística frequentando cursos de gravura n`A Gravura - Sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses.

O MNAC recorda que, em 1965, António Sena se mudou para Londres para estudar na St. Martin`s School of Art, com uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian, na sequência da sua primeira exposição individual, realizada no ano anterior.

António Sena manteve-se na capital britânica até 1975, regressando depois a Lisboa.

Entre 1978 e 1992, conciliou o trabalho artístico com o ensino, tendo lecionado pintura no Ar.Co -- Centro de Arte e Comunicação Visual, em Lisboa.

O MNAC recorda que o artista foi "objeto de duas exposições mais abrangentes (`António Sena. Pintura`, no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, em 2002, e `António Sena: Pintura, Desenho 1964-2003`, no Museu de Serralves em 2003)".

Ao longo da carreira foram-lhe atribuídos vários prémios, entre os quais o Prémio EDP de Pintura, em 2011, e o Grande Prémio Amadeo de Souza-Cardoso, em 2011.

A obra de António Sena faz parte do espólio de vários museus, como o Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, o MNAC e o Museu de Serralves, está também também na Coleção de Arte Contemporânea do Estado e de instituições como o Parlamento Europeu.

A pintura de António Sena "representa um estudo da cor, materiais e composição numa relação entre o quadro e a escrita, que é referenciada através da caligrafia, do graffiti, das rasuras caligráficas que nela emergem como uma evidência de uma experimentação no quadro e da pintura", descreve a Galeria Sete no seu site oficial.

O MNAC partilha que chegou a ter programada uma exposição de pintura e desenho de António Sena, mas "a pandemia fez com que o artista acabasse por mudar de ideias, e essa exposição, cujo projeto tanto o entusiasmara, nunca se concretizou".

Tópicos
PUB