Este retrato de Natacha, bailarina russa, é justamente considerado a obra-prima de António Soares, pintor autodidata, que soube conjugar valores do modernismo e do academismo que se confrontavam no período de entre as duas guerras.
Durante muitos anos a bailarina manteve laços de amizade com o pintor.
Com uma vasta obra que granjeou grande prestígio na sua época e muitas vezes medalhado, nomeadamente com um grande prémio na Exposição Internacional de Paris em 1937, António Soares parece estar hoje a reemergir de um certo esquecimento a que nos últimos anos havia sido votado.