Esta contemporânea"casa do esquecimento" remete-nos paradoxalmente para tempos idos quando à volta da lareira se reunia a vida familiar de um lar ancestral, metáfora reforçada pela presença de um jarro de azeite.
O próprio artista escreveu a propósito desta sua obra, "em torno do fogo e da luz que dele emana os homens sempre se juntaram para através das histórias contadas ou das memórias recuperadas, esquecer".
A memória do lugar e a arquitectura, temas recorrentes em Cabrita Reis, que utiliza os mais variados suportes e materiais brutos do quotidiano para os congregar em instalações que reproduzem o próprio processo de construção.