Em primeiro plano, duas mulheres nuas, uma languidamente deitada, a outra de pé, coabitam num miradouro, sobranceiro a um casario de cores fortes, ao fundo do qual um casal se abraça frente ao rio.
A Lisboa de que este se lembra e que tenta capturar nesta tela, pintada em 1930, quando o pintor português reside em Berlim, e que por isso a intitula Lissabon.
As manchas de cores, como os azuis intensos, os verdes sombreados, os ocres rosados, e as formas estilizadas remetem para o movimento artístico que Eloy tanto prezava e de que era um brilhante seguidor, o cubismo.
Evoca assim o seu maior expoente, e um dos mais geniais artistas de sempre, Pablo Picasso.