Lurdes Castro inicia na década de 1960 uma nova fase na sua extensa carreira artística, passando da abstração para o "novo realismo" com um regresso ao figurativo, se bem que bastante esquemático e distante da realidade.
"In the café", titulo inglês desta obra, mostra-nos o uso de materiais inovadores, como as placas de plexiglas onde se destacam os contornos de duas personagens, uma masculina, absorta na leitura e outra feminina que a interpela.
Outras silhuetas, um gato, um pilar, uma garrafa, as costas de uma cadeira, elementos do quotidiano debruados com precisão por uma linha vermelha, completam a cenografia deste teatro de sombras.