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Arqueólogo mexicano vence Prémio Princesa das Astúrias para as Ciências Sociais

por Lusa

O arqueólogo mexicano Eduardo Matos Moctezuma foi distinguido hoje, em Oviedo, Espanha, com o Prémio Princesa das Astúrias para as Ciências Sociais 2022, pela sua contribuição pela sua "excecional" contribuição para o conhecimento das sociedades e culturas pré-hispânicas.

Com esta decisão, o júri reconhece o "extraordinário rigor intelectual" do laureado nos seus esforços para reconstruir as civilizações do México e da Mesoamérica, e assegurar que este património se incorpore com objetividade e sem ser influenciado por qualquer mito.

"Eduardo Matos Moctezuma e o seu trabalho são uma inspiração para as gerações futuras de cientistas sociais e de cidadãos", considera o jurado.

O premiado, que nasceu na Cidade do México em dezembro de 1940, é licenciado em Arqueologia pela Escola Nacional de Antropologia e História e obteve um mestrado em Ciências Antropológicas com especialização em Arqueologia da em Arqueologia, na Universidade Nacional Autónoma do México (UNAM), onde também recebeu o seu doutoramento.

Um estudioso e promotor do mundo mexicano pré-hispânico, assim como um grande divulgador deste campo do conhecimento, Eduardo Matos Moctezuma tem realizado o seu trabalho de campo em sítios arqueológicos como Comalcalco, Tepeapulco, Bonampak, Teotihuacán, Cholula, Tula, Tlatelolco e Tenochtitlán,

Este foi o terceiro dos oito Prémios Princesa das Astúrias que vão ser atribuídos este ano, depois de o galardão para a Comunicação e Humanidades ter sido atribuído ao jornalista Adam Michnik e o das Artes à cantora Carmen Linares e à bailarina e coreógrafa María Pagés.

Cada prémio consiste numa escultura do pintor e escultor espanhol Joan Miró -- símbolo que representa o galardão -, 50.000 euros, um diploma e uma insígnia.

O prémio para as Ciências Sociais foi atribuído em 2021 ao economista indiano Amartya Sen e em edições anteriores ao economista turco Dani Rodrik (2020), ao sociólogo Alejandro Portes (2019), a Michael J. Sandel (2018), David Attenborough (2009), Mary Robinson (2006) e Paul Krugman (2004), entre outros.

Este galardão distingue "trabalhos de criação e/ou investigação em história, direito, linguística, pedagogia, ciência política, psicologia, sociologia, ética, filosofia, geografia, economia, demografia e antropologia, assim como as disciplinas dentro de cada uma destas áreas".

Em termos mais gerais, os Prémios Princesa das Astúrias distinguem o "trabalho científico, técnico, cultural, social e humanitário" realizado por pessoas ou instituições a nível internacional.

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