António Vilar, "Homem sem Dono" do PSD, lança biografia na Feira do Livro do Porto

por Lusa

O ex-deputado e antigo líder da distrital do PSD do Porto, António Vilar, é "Um Homem Sem Dono" no partido e na biografia escrita pelo jornalista José Alberto Magalhães, apresentada quarta-feira na Feira do Livro.

"A obra é um percurso biográfico da vida de António Vilar com um grande enfoque nos seus contactos com muitas das personalidades sociais-democratas, do passado e do presente", refere comunicado hoje divulgado pela editora Vida Económica.

Do presente, Vilar, que liderou a distrital entre 1981 e 1982, fala de um partido destruído pelo "caciquismo e inerente corrupção", tal como do "desprezo dos valores de antes e a emergência, sufocante de interesses pessoais e de grupo, fazem do atual PPD/PSD uma triste sombra do que foi no passado".

António Vilar, para quem hoje o partido é "uma sombra do passado", não poupa críticas a Cavaco Silva, Pedro Passos Coelho ou Rui Rio.

Do atual Presidente da República, critica a "arrogância", do primeiro-ministro diz ter um "discurso redondo" ainda que "corajoso e combativo" e compara o ex-presidente da Câmara do Porto a um "pequenino Schläube da política à portuguesa".

Numa mirada ao futuro, e ainda de volta do PSD, Vilar considera Marcelo Rebelo de Sousa o melhor candidato de centro-direita às próximas eleições presidenciais, ainda que o apelide de "grande `disco-jockey` no espetáculo" no livro prefaciado por Eduardo Oliveira Fernandes, professor emérito da Universidade do Porto.

Do passado, dos sucessos e "muitos falhanços", falará quarta-feira, a partir das 19:00 na Feira do Livro do Porto.

Dinamizador de inúmeras iniciativas de caráter político, empresarial e social, nomeadamente o Fórum Portucalense, a Fundação Afro-Lusitana, o Instituto Euro-Atlântico e a cooperação entre a Galiza e o Norte de Portugal, Vilar foi o objeto da biografia escrita pelo jornalista José Alberto Magalhães, diretor de Informação da revista VIVA e antigo chefe de redação da Lusa.

A apresentação ficará a cargo de João Luís Sousa, Francisco Carvalho Guerra e Eduardo Oliveira Fernandes.

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