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António Mega Ferreira é distinguido com o Prémio Roma-Lisboa que recebe na sexta-feira

por Lusa

O escritor António Mega Ferreira recebe, na próxima sexta-feira, o Prémio Roma-Lisboa, atribuído pela Fundação Prémio Roma em colaboração com a Embaixada de Itália em Lisboa, anunciou fonte oficial.

A cerimónia de entrega, na Embaixada de Itália, em Lisboa, faz parte da programação evocativa dos 700 anos da morte do poeta Dante Alighieri e terá lugar na próxima sexta-feira, às 18:30. Na ocasião, António Mega Ferreira proferirá uma "lectio magistralis" intitulada "Dante no exílio: lenho sem vela e sem governo".

O prémio literário Roma foi criado em 2000, e "visa promover a imagem, a cultura e os valores da Itália", disse à agência Lusa fonte diplomática.

O prémio distingue "autores de todas as nacionalidades, mas com obras publicadas em italiano e selecionadas por um júri composto por personalidades do panorama cultural, académico e jornalístico".

Sobre a escolha do escritor português, o embaixador de Itália, Carlo Formosa, e o presidente do Prémio Roma, Giorgio Milesi, afirmaram que "António Mega Ferreira [é] uma personalidade de elevado perfil e notável relevância em todo o panorama cultural do Portugal contemporâneo, representa emblematicamente a grande atenção que os artistas e intelectuais lusitanos sempre prestaram à cultura italiana, absorvendo o seu encanto e inspiração"

"A sua refinada produção literária, caracterizada por um profundo conhecimento e repetida frequência do universo artístico do `Bel Paese` [Itália], constitui uma voz eminente, e uma referência natural para aqueles que se dedicam ao estudo e divulgação da nossa cultura em Portugal. Autor de numerosas obras inspiradas pela sua paixão pela grande arte italiana, compôs páginas magistrais que contribuíram para aumentar o interesse do público português pelas grandes obras-primas escritas e concebidas na língua de Dante".

"António Mega Ferreira é o destinatário ideal do Premio Roma em Lisboa, no ano em que se celebra o 700.º aniversário da morte de Dante Alighieri", remataram os responsáveis.

Desde 2004, em colaboração com o Ministério dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação Internacional de Itália, o Prémio Roma "tem criado laços simbólicos com as cidades mais importantes do mundo, através da apresentação da iniciativa nas embaixadas e institutos de cultura e da atribuição de um prémio especial a autores do país anfitrião"

Lisboa foi a cidade escolhida este ano, e António Mega Ferreira, 72 anos, o autor selecionado "de comum acordo, entre a embaixada de Itália em Portugal e a Fundação Prémio Roma", segundo a mesma fonte.

No ano passado, devido às limitações impostas pela emergência pandémica, a atribuição do prémio foi adiada para este ano.

Mega Ferreira é autor de vasta obra, que inclui ficção, não-ficção, poesia e crónica. Escritor, jornalista e gestor cultural, dirigiu o Centro Cultural de Belém e a Associação Música Educação e Cultura (AMEC), que tutela a Orquestra Metropolitana de Lisboa.

A embaixada refere-se ao autor português como "profundo conhecedor e divulgador da cultura italiana, autor de numerosos volumes dedicados à arte e literatura do `Bel Paese` [Itáia], de entre os quais se destacam `Roma`, `Exercícios de Reconhecimento` (2003), `Cartas de Casanova` (2013), `Itália`, `Práticas de Viagem` (2017), `O Essencial sobre Dante Alighieri` (2017)", e, mais recentemente, "Mais que Mil Imagens" (2020) e "Desamigados, ou como Cancelar Amizades sem Carregar no Botão" (2021).

António Mega Ferreira dirige a coleção "Itálica", dedicada a autores transalpinos, com a chancela da Imprensa Nacional. Nesta coleção foram publicados títulos de Dante Alighieri, Michelangelo Buonarroti e Giuseppe Ungaretti, entre outros.

À Lusa a embaixada italiana realçou que, "ao longo dos anos, todos os vencedores do Prémio Roma se têm destacado pelo seu elevado perfil, entre eles incluem-se os Prémios Nobel Carlo Rubbia e Rita Levi Montalcini, a atriz grega Irene Papas, o astrofísico americano Lawrence Krauss, o Presidente do Parlamento Europeu Antonio Tajani" e o ator Roberto Benigni, distinguido com um Oscar, Andrea Riccardi, fundador da Comunidade de Sant`Egidio e, a título póstumo, o papa João Paulo II, "depois de o pontífice, ainda vivo, ter aceitado o prémio".

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