A vida e a morte fixadas nos rostos de doentes terminais fazem da exposição "Amor-te", que se inaugura terça-feira em Lisboa, um "apelo para o problema dos cuidados paliativos", afirmou à agência Lusa fonte da organização.
A exposição, que se inaugura no Museu da Água, apresenta retratos a preto e branco de 21 doentes terminais, fixando os seus rostos em vida e após a morte.
"A exposição chama a atenção para o tema dos cuidados paliativos que não chegam a todos os doentes", explicou Ana Sacadura.
A mostra, à qual se associa a AMARA - Associação para a Dignidade da Vida Humana, é inaugurada numa semana em que se celebra o Dia Mundial dos Cuidados Paliativos, sábado.
"Amor-te" resulta de um trabalho realizado em 2003 pelo fotógrafo alemão Walter Schels e pela jornalista Beate Lakotta, do Der Spiegel, com o qual conquistaram vários prémios internacionais.
O trabalho foi realizado durante várias semanas em diversos hospitais, acompanhando doentes terminais que sabiam que iam morrer em breve.
Depois de inaugurada em Dresden, Alemanha, a mostra já passou por várias cidades europeias, entre as quais Berlim, Basileia e Roma, onde foi vista por mais de 200 mil pessoas.
Em Lisboa, no Museu da Água, serão mostrados retratos de 21 doentes terminais, entre os quais duas crianças, de 17 meses e seis anos, que sofriam de tumores cerebrais.
A exposição estará patente até ao dia 28.