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Trump prevê 100 mil mortes por Covid-19 nos Estados Unidos

por RTP
"Vamos perder entre 75, 80 mil a 100 mil pessoas", reconheceu o Presidente norte-americano em entrevista à Fox News. Foto: Joshua Roberts - Reuters

Donald Trump acredita que o número de mortes por Covid-19 nos Estados Unidos possa chegar a 100 mil, previsão mais pessimista do que a que tinha feito há algumas semanas. Ainda assim, o presidente norte-americano defende a reabertura da economia para breve.

No mês passado, o líder dos EUA argumentou que o número total de vítimas mortais poderia ser mantido “substancialmente abaixo de 100 mil” e, muito provavelmente, não ultrapassaria os 60 mil. No entanto, Trump admitiu na noite de domingo que o novo coronavírus se revelou mais devastador do que era esperado.

“Vamos perder entre 75, 80 mil a 100 mil pessoas”, reconheceu o presidente em entrevista à Fox News. “É algo terrível. Não deveríamos perder uma única pessoa devido a esta situação”.

Trump argumentou ainda que, se a Casa Branca não tivesse tomado as medidas certas para a contenção do vírus, o número de mortes seria muito superior. “Se não o tivéssemos feito, perderíamos no mínimo 1,2 milhões, 1,4 ou 1,5, esse seria o número mínimo. Mas provavelmente perderíamos ainda mais, possivelmente mais do que 2,2 milhões [de pessoas]”, afirmou.

Esta segunda-feira, o líder elogiou novamente os esforços norte-americanos. “Estamos finalmente a receber boas críticas sobre como temos lidado com a pandemia, especialmente pela forte produção de ventiladores e pela construção de hospitais de campo”, escreveu no Twitter.


Desde o dia 2 de abril, os Estados Unidos têm registado mais de mil mortes por dia. No domingo foram atingidas as 67 mil, mais do que o total de mortes de americanos na Guerra do Vietname. Esta segunda-feira o número total quase alcança os 68 mil.

Ainda assim, o presidente defendeu que deve ser iniciado o levantamento de algumas restrições, incluindo a do confinamento domiciliário, de modo a reavivar a economia e ajudar as mais de 30 milhões de pessoas que ficaram sem emprego devido à pandemia, de acordo com o New York Times.
“Não podemos ficar fechados enquanto país”
Para Trump, podem já ser reabertos os parques, praias e alguns negócios, e as escolas podem retomar as aulas presenciais no Outono deste ano. O presidente disse acreditar que, se este regresso à normalidade originar uma nova onda de casos, os EUA estarão preparados para lidar com os mesmos.

“Em algum momento teremos de abrir o nosso país”, afirmou à Fox News. “E as pessoas vão estar seguras. Aprendemos muito. Aprendemos sobre este tremendo contágio. Mas não temos escolha. Não podemos ficar fechados enquanto país. Ou então ficaremos sem país”.

“Este vírus vai passar. Vai passar. Será que vai regressar? Talvez. Algumas pessoas dizem que sim. Mas vai passar”, sustentou. Apesar de ter anteriormente expressado dúvidas quando a uma segunda onda de casos já no próximo Outono, algo para que os especialistas alertaram, Trump reconheceu agora que tal pode realmente acontecer. “Talvez tenhamos de apagar um fogo”, admitiu.

Na mesma entrevista, Donald Trump previu que uma vacina possa estar pronta até ao final deste ano, apesar de especialistas acreditarem que tal conquista irá demorar mais tempo. “Estamos muito confiantes de que teremos uma vacina até ao final do ano”, frisou.

Desde sexta-feira que mais de uma dúzia de Estados norte-americanos começaram a reabrir as suas economias e a retomar a vida pública. Desde o início da pandemia, o país registou mais de um milhão de infetados, dos quais 180 mil recuperaram, e 68 mil mortos.
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