TAP. Sindicatos arrasam plano de reestruturação da transportadora aérea
Os sindicatos da aviação reagiram negativamente ao plano de reestruturação da TAP, que prevê o despedimento de dois mil trabalhadores e cortes salariais na ordem dos 20 por cento. Para os sindicalistas, as medidas vêm agravar ainda mais a situação daquele que tem sido um dos grupos mais afetados pelas consequências económicas da pandemia de Covid-19. A empresa reúne esta sexta-feira com os sindicatos e deverá anunciar a suspensão do regime de lay-off.
O Sindicato do Pessoal de Voo da Aviação Civil foi um dos que arrasou com a estratégia prevista no plano de reestruturação da TAP. O presidente do sindicato promete contestar as medidas e lembra que, devido ao lay-off na empresa, os ordenados já estão cortados desde março.
Desde então, segundo Henrique Louro Martins, saíram da transportadora cerca de mil trabalhadores.
“Em relação às reduções salariais, temos sido o grupo mais atingido”, lamentou o sindicalista à Antena 1. “Os tripulantes já perderam cerca de cinco salários este ano, já perderam [o emprego] mais de mil tripulantes de cabine”.
“Não sei onde é que a TAP quer chegar, porque reduzidos já os salários estão. Desde março que a TAP não vem fazendo outra coisa senão a redução destes salários”, declarou Henrique Louro Martins.
“Vamos ver o que têm para nos dizer. Não podem é contar com grande colaboração do sindicato para reduzir salários nem para despedimentos, obviamente”.
À posição crítica desde sindicato junta-se a do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), que também não admite quaisquer despedimentos na TAP e pretende contestá-los, caso venham realmente a acontecer.
O secretário-geral do SITAVA, José Sousa, mostrou-se indignado com o facto de o documento com a reestruturação ter sido tornado público antes de qualquer negociação entre a TAP e os sindicatos.
“Ninguém nos comunicou e não acreditamos que os responsáveis que têm compromissos connosco nos tivessem rompido de uma forma tão grosseira que tivessem colocado na comunicação social o resultado daquilo que ainda não negociámos”, criticou em declarações à Antena 1.
“Não toleraremos a diminuição de postos de trabalho de forma cega e violenta além daqueles que, por força da caducidade dos contratos, têm acontecido”, esclareceu.
Para a tarde desta sexta-feira está prevista uma reunião entre a administração da empresa e os sindicatos. Haverá ainda um encontro com a comissão de trabalhadores.
O Jornal Económico avançou entretanto que, na reunião com os sindicatos, a TAP irá transmitir a intenção de suspender o regime de lay-off que neste momento abrange cerca de nove mil dos seus trabalhadores.
O plano de reestruturação da companhia aérea portuguesa, divulgado pela comunicação social, dá conta da dispensa de dois mil funcionários, do corte de 20 por cento nos ordenados dos restantes trabalhadores e da venda de 20 aviões.
A TAP terá também pedido autorização do Governo para mexer nos acordos de empresa.
São mudanças profundas na transportadora para enfrentar a pior conjuntura de sempre para a aviação, trazida pela pandemia do novo coronavírus. Só este ano, a TAP deverá registar mil milhões de euros em prejuízos.
O plano de reestruturação terá de ser apresentado pelo Governo em Bruxelas no prazo de duas semanas.
Desde então, segundo Henrique Louro Martins, saíram da transportadora cerca de mil trabalhadores.
“Em relação às reduções salariais, temos sido o grupo mais atingido”, lamentou o sindicalista à Antena 1. “Os tripulantes já perderam cerca de cinco salários este ano, já perderam [o emprego] mais de mil tripulantes de cabine”.
“Não sei onde é que a TAP quer chegar, porque reduzidos já os salários estão. Desde março que a TAP não vem fazendo outra coisa senão a redução destes salários”, declarou Henrique Louro Martins.
“Vamos ver o que têm para nos dizer. Não podem é contar com grande colaboração do sindicato para reduzir salários nem para despedimentos, obviamente”.
À posição crítica desde sindicato junta-se a do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), que também não admite quaisquer despedimentos na TAP e pretende contestá-los, caso venham realmente a acontecer.
O secretário-geral do SITAVA, José Sousa, mostrou-se indignado com o facto de o documento com a reestruturação ter sido tornado público antes de qualquer negociação entre a TAP e os sindicatos.
“Ninguém nos comunicou e não acreditamos que os responsáveis que têm compromissos connosco nos tivessem rompido de uma forma tão grosseira que tivessem colocado na comunicação social o resultado daquilo que ainda não negociámos”, criticou em declarações à Antena 1.
“Não toleraremos a diminuição de postos de trabalho de forma cega e violenta além daqueles que, por força da caducidade dos contratos, têm acontecido”, esclareceu.
Para a tarde desta sexta-feira está prevista uma reunião entre a administração da empresa e os sindicatos. Haverá ainda um encontro com a comissão de trabalhadores.
O Jornal Económico avançou entretanto que, na reunião com os sindicatos, a TAP irá transmitir a intenção de suspender o regime de lay-off que neste momento abrange cerca de nove mil dos seus trabalhadores.
O plano de reestruturação da companhia aérea portuguesa, divulgado pela comunicação social, dá conta da dispensa de dois mil funcionários, do corte de 20 por cento nos ordenados dos restantes trabalhadores e da venda de 20 aviões.
A TAP terá também pedido autorização do Governo para mexer nos acordos de empresa.
São mudanças profundas na transportadora para enfrentar a pior conjuntura de sempre para a aviação, trazida pela pandemia do novo coronavírus. Só este ano, a TAP deverá registar mil milhões de euros em prejuízos.
O plano de reestruturação terá de ser apresentado pelo Governo em Bruxelas no prazo de duas semanas.