Rio de Janeiro alarga exigência do certificado de vacinação

por Lusa
Reuters

A cidade brasileira do Rio de Janeiro estendeu hoje a exigência do certificado de vacinação contra a covid-19 a mais serviços, como bares, restaurantes, centros comerciais, cabeleireiros e táxis, devido a receios com a nova variante, Ómicron.

A medida foi publicada no Diário Oficial do município com efeitos imediatos e estende para mais atividades a exigência, que até agora estava em vigor para estádios, ginásios, piscinas, centros de treinamento, clubes, museus, exposições, aquários, parques de diversão, congressos e feiras.

Assim, o chamado `passaporte de vacinação` será exigido de maiores de 12 anos também em bares, restaurantes, cafés, táxis, transportes por aplicação de telemóvel, hotéis, pousadas, locais de aluguer sazonal, salões de beleza e centros comerciais.

A decisão foi tomada após a confirmação da variante do SARS-CoV-2 Ómicron em São Paulo em três pessoas que chegaram nos últimos dias do continente africano, duas da África do Sul e outra da Etiópia, e que estão isoladas.

O Rio de Janeiro, com 11,8 milhões de habitantes na região metropolitana e 6,7 milhões no município, é a segunda maior cidade do país e já registou quase meio milhão de casos e mais de 35.000 mortes durante a pandemia de covid-19.

Apesar de o país avançar na vacinação, com mais de 63% dos seus 213 milhões de habitantes com o ciclo completo de imunização, as autoridades do Rio de Janeiro indicaram que cerca de 600 mil pessoas não regressaram aos postos de saúde para a segunda dose.

Uma medida semelhante à do Rio de Janeiro também será adotada em Cuiabá, capital do estado de Mato Grosso, que faz fronteira com Bolívia e Paraguai, cujas autoridades estimam que cerca de 18 mil pessoas não tomaram a primeira dose da vacina e 57 mil deixaram de tomar a segunda dose.

Para verificação da vacinação contra a covid-19 será aceite o atestado expedido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em âmbito nacional em português, inglês e espanhol, ou o expedido em âmbito municipal pelas secretarias de Saúde, com multas e "processos cíveis e criminais" previstos em caso de falsificação.

Com o alerta da variante Ómicron, várias cidades do país cancelaram as festas públicas de passagem de ano e admitem fazer o mesmo para o Carnaval, marcado entre 25 de fevereiro e 5 de março do próximo ano.

O Brasil soma mais de 22 milhões de casos confirmados e acumula 615 mil óbitos associados ao coronavírus. 

A covid-19 provocou pelo menos 5.223.072 mortes em todo o mundo, entre mais de 262,93 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse (AFP).

A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

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