Os profissionais de saúde espanhóis que estiveram em contacto direto com os doentes da covid-19 foram distinguidos hoje, em Oviedo, Espanha, com o Prémio Princesa das Astúrias da Concórdia 2019, pelo seu "profissionalismo e empenho".
O júri do prémio sublinha que estes profissionais que estiveram "na primeira linha" contra a pandemia converteram-se num "símbolo da luta contra a maior pandemia global que assolou a humanidade no último século".
Os profissionais médicos, enfermeiros, assistentes e outro pessoal do sistema de saúde espanhol que cuidaram diretamente os doentes infetados e trabalharam nos principais centros de luta contra o novo coronavírus ofereceram, através do seu trabalho, "um exemplo dos valores mais estimáveis do ser humano", considera ainda o jurado.
Este é o primeiro dos oito Prémios Princesa das Astúrias a ser entregue este ano: nos próximos dias serão anunciados os galardões das Artes, Comunicação e Humanidades, Ciências Sociais, Desporto, Literatura, Investigação Científica e Técnica e Cooperação Internacional.
Cada prémio consiste numa escultura do pintor e escultor espanhol Joan Miró -- símbolo que representa o galardão -, 50.000 euros, um diploma e uma insígnia que nos anos anteriores foi entregue numa cerimónia solene presidida pelo rei de Espanha, Felipe VI, no teatro Campoamor, em Oviedo.
O Prémio da Concórdia foi concedido, em anos anteriores, a personalidades ou entidades como a cidade polaca de Gdansk (20199, a União Europeia (2017), Aldeias de Crianças SOS (2016), os heróis de Fukushima (2011), UNICEF (2006), Adolfo Suárez (1996) e rei Hussein da Jordânia (1995), entre outros.
Os Prémios Princesa das Astúrias distinguem o "trabalho científico, técnico, cultural, social e humanitário" realizado por pessoas ou instituições a nível internacional.
O galardão da Concórdia é atribuído ao "trabalho de defesa e generalização dos direitos humanos, o fomento e a proteção da paz, da liberdade, da solidariedade, do património mundial e, em geral, do progresso da humanidade".
Espanha é um dos países mais atingidos pela pandemia de covid-19 que, a nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, já provocou mais de 377 mil mortos e infetou mais de 6,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios.