Plataformas `online` criam ferramentas contra desinformação sobre vacinas

por Lusa

Grandes plataformas digitais como Twitter, TikTok, Google e Microsoft reforçaram, nas últimas semanas, a remoção de desinformação sobre vacinas contra covid-19 na União Europeia (UE), criando novas ferramentas de alerta e de informação, anunciou hoje a Comissão Europeia.

"As plataformas signatárias do Código de Conduta sobre Desinformação tomaram novas medidas contra a desinformação das vacinas covid-19, fornecendo aos utilizadores ferramentas de acesso a informações fiáveis sobre os seus serviços", informa o executivo comunitário numa informação hoje divulgada.

A afirmação tem por base o relatório mensal de março relativo ao programa de monitorização sobre os esforços destas tecnológicas contra as `fake news` espalhadas na internet, que revela que o Twitter, por exemplo, atualizou os seus instrumentos de pesquisa sobre a covid-19 na UE para incluir informação autorizada sobre vacinas, criando também a `hashtag` #Vaccinated em 24 línguas para os utilizadores mostrarem o seu apoio à vacinação.

Por seu lado, o TikTok lançou uma nova funcionalidade que coloca um `banner` em vídeos alertando os utilizadores de que podem conter conteúdo não verificado e solicitando uma mensagem antes de partilharem o vídeo sinalizado.

Já o Google ativou uma funcionalidade de informação fiável sobre vacinas e estatísticas em resposta a pesquisas relacionadas que está agora ativa em todos os 27 países da UE, enquanto o YouTube (do mesmo dono) removeu 30 mil vídeos que incluíam alegações contraditórias entre as autoridades de saúde.

Acresce que o motor de pesquisa Bing da Microsoft implementou uma nova ferramenta mostrando o progresso da vacinação dos países, que já obteve mais de 2.300.000 visitas.

Dando conta destes dados que chegaram a Bruxelas através dos relatórios mensais de monitorização realizados pelas próprias tecnológicas, a Comissão Europeia adianta estar em "contacto contínuo com as plataformas para combater a grande quantidade de desinformação vacinal que continua a circular na internet e para melhorar o processo de monitorização".

O executivo comunitário informa, ainda, que irá emitir orientações esta primavera com o objetivo de "reforçar o Código de Conduta e construir a ponte com as obrigações da futura Lei dos Serviços Digitais", uma diretiva comunitária ainda em negociação que visa dar mais responsabilidades às plataformas.

Em causa está o programa de monitorização e eliminação das `fake news` relacionadas com a pandemia de covid-19, que junta tecnológicas como Facebook, Google, Microsoft, Twitter e TikTok e que está agora mais focado na desinformação sobre as vacinas.

Este programa prevê relatórios mensais para assegurar a responsabilização perante o público dos esforços feitos pelas plataformas e associações industriais relevantes.

No final de 2018, plataformas digitais como Google, Facebook, Twitter, Microsoft e Mozilla comprometeram-se a combater a desinformação nas suas páginas através da assinatura de um código de conduta voluntário contra as `fake news`, um mecanismo de autorregulação que nos últimos meses tem estado centrado na desinformação sobre a covid-19.

Atualmente, estão aprovadas quatro vacinas na UE: Pfizer/BioNTech, Moderna, AstraZeneca e Janssen (grupo Johnson & Johnson).

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