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Lojas chinesas, espaços comerciais e de restauração começam a fechar em Díli

por Lusa

Muitas lojas chinesas em Díli, e outros espaços comerciais e de restauração começaram hoje a fechar as portas como medida preventiva da pandemia da covid-19 e depois da confirmação do primeiro caso no país.

Esta decisão foi uma opção individual, sendo que a nível das empresas não houve ainda recomendações oficiais sobre qualquer encerramento ou restrições.

O fecho das lojas chinesas, que começou a notar-se no domingo, alargou-se a ruas comerciais e a espaços de grande dimensão, como é o caso do maior centro comercial da cidade, o Timor Plaza.

Proprietários ouvidos pela Lusa em duas zonas da cidade disseram ter decidido fechar, na sequência de ameaças relacionadas com a covid-19.

Não foi registado, até ao momento, qualquer incidente grave no país.

Paralelamente, vários restaurantes e lojas estão já fechados. Alguns publicaram mensagens nas redes sociais a anunciar o "encerramento temporário", enquanto outros indicaram que poderá estar disponível o serviço de entrega.

No caso dos supermercados, vários espaços registaram uma afluência maior durante o fim de semana, apesar de não ter havido casos de açambarcamento.

Em praticamente todos estes estabelecimentos foram criadas zonas de lavagem de mãos com água corrente e, noutros, desinfetante de mãos é aplicado a cada cliente que entra no espaço comercial.

Responsáveis de vários supermercados disseram à Lusa que têm produtos em armazém e vários contentores a caminho, pedindo às autoridades que garantam mais celeridade na alfândega e no porto de Díli.

O responsável do Pateo, o maior espaço comercial português em Díli, disse à Lusa que o supermercado vai ficar aberto, tendo já implementado, desde a semana passada, a primeira fase do plano de contingência.

Essa fase incluiu a "colocação de posto de lavagem de mãos na entrada, limitação de pessoas na cafetaria, o aumento das rotinas de limpeza nas zonas com mais toques de mãos, formação de colaboradores e separação de mesas nas esplanadas", referiu Pedro Moreno.

Em termos de `stock`, Moreno disse que o supermercado tem "stock atual nos armazéns confortável para os próximos dois a três meses" e que estão no mar "contentores que vão permitir alargar esse período vários meses mais".

"Até sexta-feira todos os contentores que tínhamos encomendado saíram ainda do Porto de Lisboa", acrescentou.

Moreno apelou às autoridades timorenses para que garantam que a alfândega e o porto continuam a operar com normalidade para permitir que o `stock` continue a entrar no país, que depende maioritariamente de importações.

Responsáveis de outros espaços comerciais reiteraram o apelo à Lusa, notando em alguns casos que têm contentores "há bastante tempo" no porto à espera de serem desalfandegados.

Timor-Leste tem até ao momento um caso confirmado da covid-19.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 324 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 14.300 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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