Grupos de extrema-direita em Portugal não podem ser ignorados

por Antena 1

Foto: Reuters

O presidente do conselho consultivo do Observatório de Segurança e Criminalidade Organizada e Terrorismo avisa que o crescimento e o surgimento de grupos de extrema-direita, em Portugal, não pode ser ignorado.

Perante as ameaças de morte que foram dirigidas a activistas e deputados, por alegados grupos que defendem a supremacia branca, António Nunes do OSCOT, diz que estes movimentos racistas estão a crescer e a ganhar protagonismo em Portugal.

No sábado passado, um grupo de extrema-direita, de cara tapada, realizou uma parada em frente à sede da SOS Racismo, em Lisboa.

Entretanto, foram feitas ameaças, através de correio electrónico, dirigidas a vários activistas e deputados, como é o caso das bloquistas Mariana Mortágua e Beatriz Gomes, e ainda da deputada não-inscrita Joacine Katar Moreira.

A mais recente consiste numa ameaça de morte a um grupo de dez pessoas.

Foi dado um prazo de 48 horas para que abandonem o país...

Caso contrário, diz o email, serão tomadas medidas contra estas pessoas, consideradas traidoras da pátria.

Para o presidente do conselho consultivo do OSCOT a justiça tem de atuar rapidamente, perante estas práticas criminosas.



Ontem, várias associações e de coletivos de afrodescendentes e ciganos enviaram uma carta aberta à classe política.

O documento exige aos responsáveis, como António Costa ou Marcelo Rebelo de Sousa, que combatam o racismo e o crescimento da extrema-direita em Portugal, e que demonstrem solidariedade para com as vítimas de ataques raciais.
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