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O presidente do conselho consultivo do Observatório de Segurança e Criminalidade Organizada e Terrorismo avisa que o crescimento e o surgimento de grupos de extrema-direita, em Portugal, não pode ser ignorado.
No sábado passado, um grupo de extrema-direita, de cara tapada, realizou uma parada em frente à sede da SOS Racismo, em Lisboa.
Entretanto, foram feitas ameaças, através de correio electrónico, dirigidas a vários activistas e deputados, como é o caso das bloquistas Mariana Mortágua e Beatriz Gomes, e ainda da deputada não-inscrita Joacine Katar Moreira.
A mais recente consiste numa ameaça de morte a um grupo de dez pessoas.
Foi dado um prazo de 48 horas para que abandonem o país...
Caso contrário, diz o email, serão tomadas medidas contra estas pessoas, consideradas traidoras da pátria.
Para o presidente do conselho consultivo do OSCOT a justiça tem de atuar rapidamente, perante estas práticas criminosas.
Ontem, várias associações e de coletivos de afrodescendentes e ciganos enviaram uma carta aberta à classe política.
O documento exige aos responsáveis, como António Costa ou Marcelo Rebelo de Sousa, que combatam o racismo e o crescimento da extrema-direita em Portugal, e que demonstrem solidariedade para com as vítimas de ataques raciais.