A Região Administrativa Especial de Oecusse-Ambeno (RAEOA) recebeu na terça-feira um carregamento de combustível para a central elétrica, transportado por via marítima devido às restrições impostas pela covid-19.
O gabinete do presidente da RAEOA, José Luis Guterres, informou que o combustível foi transportado em camiões cisterna, a bordo do navio privado Success, contratado especialmente para o efeito pelas autoridades timorenses.
Normalmente, o combustível para a central elétrica de Sakato viaja por terra, mas as restrições impostas por Timor-Leste e pela Indonésia relativas ao fecho de fronteiras impediram essa opção.
Para garantir o fornecimento de bens essenciais para a região vai partir de Díli na quinta-feira um outro navio, o Nakroma, que normalmente assegura o transporte regular de passageiros e carga entre Díli, Oecusse e a ilha de Ataúro.
O gabinete de José Luis Guterres informou que se trata de garantir "o fornecimento de combustível e outros bens para responder às necessidades do público".
Estão ainda em curso contactos com as autoridades indonésias para permitir a entrada de bens essenciais diretamente da metade indonésia da ilha.
Fontes dos serviços portuários explicaram à Lusa que no caso do Nakroma tem havido debates tanto sobre a frequência das viagens do navio, quinzenais ou semanais, e também sobre a possibilidade de reduzir o número de passageiros, questão ainda por decidir.
O estado de emergência, atualmente em vigor no país, suspende todos os transportes públicos de passageiros.
Na semana passada, José Luis Guterres disse à Lusa ter pedido às autoridades em Díli a manutenção de transportes regulares de combustível e bens essenciais para a população.
Timor-Leste tem seis casos confirmados da covid-19, dos quais um já recuperado.
A pandemia da covid-19 já causou mais de 126 mil mortos e infetou cerca de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios.