Covid-19. Mais de 400 mil idosos acima dos 80 anos recebeu segunda dose de reforço

por Lusa

Mais de 400 mil pessoas acima dos 80 anos, nomeadamente os idosos residentes em lares, receberam a segunda dose de reforço contra a covid-19, indicou hoje a Direção-Geral da Saúde (DGS).

A DGS explica que o processo de administração da segunda dose de reforço (quarta dose), que se iniciou em 16 de maio, abrange pessoas com 80 ou mais anos e todos os residentes em Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI).

Segundo a DGS, as pessoas com 80 ou mais anos têm estado a ser convocados por agendamento local, através de mensagem (SMS) ou chamada telefónica, e por agendamento central, como já aconteceu noutras fases da vacinação contra a covid-19, e estão a ser vacinados nos centros de vacinação ou nos centros de saúde, podendo também dirigir-se à "Modalidade Casa Aberta".

A Direção-Geral da Saúde indica que estão simultaneamente a ser convocados todos aqueles que ainda não fizeram a primeira dose de reforço (terceira dose) e se encontram elegíveis.

O jornal Público noticia hoje que falta vacinar com a terceira dose 1,5 milhões de adultos no país.

A DGS refere que a população elegível para esta segunda dose deve ser vacinada com um intervalo mínimo de quatro meses após a última dose ou após um diagnóstico de infeção por SARSCoV-2, ou seja, este reforço abrange também as pessoas que recuperaram da infeção.

A administração da segunda dose de reforço da vacina contra a covid-19 insere-se na estratégia de melhoria da proteção da população mais vulnerável.

No relatório sobre a evolução da pandemia divulgado na sexta-feira, a DGS e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) atualizaram os dados sobre internamentos por estado vacinal, indicando que, entre 01 e 31 de maio, as "pessoas com idade igual ou superior a 50 anos com um esquema vacinal completo parecem apresentar um risco de internamento semelhante ao das pessoas sem um esquema vacinal completo", o que vem reforçar a recomendação da dose de reforço nos grupos etários mais velhos.

Já nos idosos com 80 e mais anos, a segunda dose de reforço reduz o risco de morte por covid-19 em quatro vezes em relação a quem tem o esquema vacinal completo e em sete vezes em relação aos não vacinados ou com esquema incompleto.

Desde o início da pandemia, em março de 2020, Portugal já registou 5.301.167 casos de infeção, 338.018 dos quais suspeitas de reinfeção, que perfazem 6,4% do total de contágios.

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