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Covid-19. E na Suécia? Autoridades apertam as medidas de controlo

por Alexandre Brito - RTP
Imagem do epidemiologista responsável pela estratégia sueca Anders Tegnell Reuters

O país conhecido em todo o mundo pela atitude assente na responsabilidade individual de cada cidadão está a apertar as regras de controlo da pandemia. As várias regiões suecas têm agora poder para aplicar medidas mais pesadas. E o Governo já teve que avisar os estudantes universitários para pararem com as festas porque estão a criar vários surtos.

A Suécia não revela os números da pandemia no país diariamente, tal como acontece em vários outros países. Os dados mais recentes, de acordo com a Universidade Johns Hopkins, indicam que já teve desde o início da pandemia 101.332 casos e 5907 vítimas mortais.

O combate tem sido feito em linha com a ideia de que a população é responsável, sabe e consegue manter as medidas necessárias para que o vírus não se espalhe.

Esta posição resultou, no início, num elevado número de vítimas mortais, a maior parte em lares de idosos. A situação foi depois controlada com a proibição de visitas aos lares, que durou seis meses.

Tal como por toda a Europa, também a Suécia começa a verificar a necessidade de aplicar medidas mais duras. 

O número de novos casos está a aumentar com foco nos jovens e nas universidades. A Agência de Saúde Pública da Suécia anunciou recentemente que em pelo menos oito regiões foram detetados surtos com ligação a festas privadas de estudantes nas universidades.

Os jovens já foram avisados que têm que terminar com as festas e outros eventos. À rádio sueca, a ministra do Ensino Superior deixou um alerta aos cerca de 400 mil estudantes: "Têm que se focar mais na sua educação e não nas festas".

Também esta semana a Agência sueca de Saúde Pública atribuiu aos responsáveis locais das várias regiões poderes para aplicarem medidas mais severas no controlo de surtos. 

Numa primeira fase, apenas conselhos gerais para que se evite transportes públicos, deslocações, visitas a pessoas em grupos de risco, idas a restaurantes, ginásios ou locais fechados com pessoas fora do agregado familiar. 

O termo utilizado é mesmo este, conselhos, e são considerados de "nível mínimo". 

No entanto, o médico responsável pelo controlo de surtos locais pode decidir aplicar "medidas adicionais dentro de toda ou parte de uma região".
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