Covid-19. Coreia do Sul com 76 novos casos de contágio

por Cristina Sambado - RTP
Heo Ran - Reuters

As autoridades da Coreia do Sul anunciaram o registo de 76 novos casos de contaminados pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), entre os quais 20 em pessoas que entraram no país recentemente.

Segundo o Centro de Controlo de Prevenção de Doenças da Coreia do Sul (KCDC), 20 pessoas – mais sete do que na véspera - foram detetadas como infetadas após testes efetuados nos aeroportos.

Há vários dias que a Coreia do Sul submete obrigatoriamente a teste os viajantes provenientes da Europa, onde se localiza neste momento o maior foco da pandemia.

As pessoas que entram no país são submetidas a 14 dias de quarentena, independentemente do resultado dos testes médicos.

Neste momento, a Coreia do Sul que chegou a ser o segundo país mais afetado do mundo soma 9.037 contágios tendo morrido da pandemia 120 pessoas.
Macau alarga restrições
O Governo de Macau anunciou esta terça-feira mais restrições fronteiriças, com destaque para a proibição de entrada dos residentes da China continental, de Hong Kong e de Taiwan que tenham estado em qualquer outro país 14 dias antes.

Após a proibição de entrada de todos os estrangeiros Macau, agora a medida é alargada a residentes da China continental, Hong Kong e Taiwan que visitaram países estrangeiros 14 dias antes da chegada às fronteiras do território.

As medidas vão entrar em vigor às 0h00 de quarta-feira (16h00 de hoje em Lisboa).

Em conferência de imprensa, o chefe do Governo adiantou também a suspensão dos voos de conexão no Aeroporto Internacional de Macau.

Ho Iat Seng explicou que o departamento de Saúde pode isentar algumas pessoas do cumprimento das medidas de proibição e avançou que “os serviços de Saúde vão emitir um aviso no sentido de que todas as pessoas que tenham visitado Hong Kong ou Taiwan 14 dias antes ficam sujeitos a observação médica e [em local] designado pela autoridade sanitária”.

Os residentes de Macau passam também a ser sujeitos a quarentena se vierem de Hong Kong e Taiwan. O mesmo acontece com os residentes da China continental, Hong Kong e Taiwan, mas só se não tiverem estado em outro país estrangeiro 14 dias antes.

As autoridades de Macau anunciaram na segunda-feira mais um caso de contágio da covid-19, elevando o número de infetados para 25 desde o início do surto do novo coronavírus.

Este foi o 15.º caso detetado pelas autoridades em pouco mais de uma semana, depois de Macau ter estado 40 dias sem identificar qualquer infeção.

Apesar da nova vaga de casos, Ho Iat Seng disse que a situação estava controlada, lembrando que os novos casos são todos importados e que Macau tem conseguido evitar a contaminação local.

Macau registou uma primeira vaga de dez casos em fevereiro, que já tiveram alta hospitalar. Após a deteção de novos casos, todos importados, as autoridades reforçaram medidas de controlo e restrições fronteiriças.

Desde quinta-feira só podiam entrar no território residentes de Macau, Hong Kong, Taiwan e China continental. Mesmo estes passaram a estar sujeitos a uma quarentena obrigatória de duas semanas, caso tivessem estado nos 14 dias anteriores em qualquer território ou país.
Macau alerta casinos para responsabilidade social
O chefe do Governo de Macau avisou as operadoras que exploram o jogo de que é momento para responderem ao desafio da responsabilidade social, quando as autoridades procuram hotéis para converter em centros de quarentena.Capital mundial do jogo, Macau é o único local na China onde o jogo em casino é legal. Operam no território seis concessionárias: Sociedade de Jogos de Macau, fundada pelo magnata Stanley Ho, Galaxy, Venetian (Sands China), Melco Resorts, Wynn e MGM.

“Este é também um desafio vosso”, sublinhou Ho Iat Seng, que lançou um “apelo às concessionárias para terem ponderação”, num momento em que as autoridades estão sob “grande pressão” para encontrarem hotéis face ao regresso de milhares ao território, obrigados a cumprir uma quarentena de 14 dias.

Com milhares de pessoas sob quarentena e quase 1.500 isoladas em hotéis, o chefe do Governo de Macau explicou que os serviços “estão desiludidos” com a dificuldade de encontrar estabelecimentos e frisou que as operadoras e os resorts’ “têm de ver como devem assumir a responsabilidade social”.

Isso tem de ficar claro, [a responsabilidade social] não é só fazer publicidade”, afirmou, lembrando que “o Governo paga pelos hotéis”, um custo total que ainda está contabilizado, mas cuja “fatura” será dada a conhecer no final da epidemia, prometeu.
Violaram quarentena e arriscam prisão
Três pessoas violaram a quarentena de 14 dias à qual estavam obrigadas em Macau e arriscam agora uma pena de prisão de 60 dias, disseram hoje as autoridades do território em conferência de imprensa.

As infrações foram detetadas no decorrer de inspeções diárias que são conduzidas pelas autoridades
, num momento em que 1.751 pessoas estão isoladas em oito hotéis convertidos em centros de quarentena e outras 700 nos respetivos domicílios.

Os casos identificados foram remetidos para o Ministério Público e envolvem dois residentes permanentes e um trabalhador não-residente.
Economia japonesa em desaceleração
O grupo Toyota vai interromper temporariamente cinco fábricas e sete linhas de produção no Japão devido a uma diminuição na procura de veículos. A desaceleração da produção nas fábricas e nos serviços está a provocar um ritmo mais lento  no crescimento da economia do país.

Em comunicado divulgado na segunda-feira, a Toyota informou que a medida entra em vigor no dia 3 de abril e que deve retomar as operações entre 6 e 15 de abril.

A Toyota já tinha apontado a suspensão da sua produção na América do Norte, o seu principal mercado, a partir de 23 de março (segunda-feira).

Outras interrupções nas operações afetaram a Toyota na Europa, China e Filipinas, em alguns casos com a suspensão dos turnos de trabalho.

"Se o surto se acelerar, o dano económico pode exceder em muito o que vimos até agora, principalmente se os Jogos Olímpicos forem adiados", disse Joe Hayes, economista da IHS Markit, à CNN.


O Governo japonês está sob crescente pressão para implementar medidas de estímulo depois dos números revelarem que a terceira economia do mundo no último trimestre do ano passado, enquanto lutava para superar um aumento no imposto sobre vendas.
Tailândia vai decretar estado de emergência
O primeiro-ministro da Tailândia disse que o Governo concordou em declarar o estado de emergência implementando medidas de contenção à propagação da pandemia do novo coronavírus.

A Tailândia regista 827 casos do novo coronavírus e já morreram quatro pessoas.


O primeiro-ministro, Prayuth Chan-ocha, anunciou que após a reunião semanal o Governo decidiu declarar o estado de emergência durante um mês a partir da próxima quinta-feira, conferindo ao executivo poderes especiais.

A partir de quinta-feira, o executivo pode implementar o recolher obrigatório, exercer censura junto dos órgãos de comunicação social, dispersar reuniões e projetar no terreno forças militares para fazer face à Covid-19.

Prayuth, numa breve mensagem transmitida através da televisão, pediu à população para se manter calma e avisou sobre o "uso incorreto" das redes sociais sublinhando que as medidas preveem sanções contra os que não respeitarem as ordens.
Primeiros casos em Myanmar
Myanmar (antiga Birmânia) declarou hoje os seus primeiros casos do novo coronavírus e quando se mantinha como um dos raros países com população significativa ainda imune à pandemia de Covid-19.

O Ministério da Saúde indicou hoje que dois cidadãos do país, um de 36 anos proveniente dos Estados Unidos e outro de 26 anos vindo do Reino Unido, registaram testes positivos.

“Vamos investigar todas as pessoas que estiveram em contacto com estes dois homens”, acrescentou o Ministério em comunicado.

Hoje foram testadas 214 pessoas, enquanto especialistas médicos e grupos de defesa dos direitos humanos exortaram Myanmar, um país asiático com 54 milhões de habitantes, a enfrentar a crise sanitária em curso.
Taiwan aponta o dedo à OMS
Taiwan acusou a Organização Mundial da Saúde de ter ignorado as suas perguntas no início do surto do novo coronavírus.

Taiwan está proibido de ser membro da OMS sob pressão da China, que a vê a ilha como uma província e não como um Estado.

Em conferência de imprensa, o chefe dos Centros de Controle de Doenças da ilha, Chou Jih-haw, afirmou que escreveu para a OMS e para as autoridades chinesas a 31 de dezembro, pedindo informações sobre o surto de vírus recentemente descoberto na cidade chinesa de Wuhan, incluindo se havia transmissão para humanos.Taiwan conta com 215 casos confirmados e vinte mortos.

"Perguntamos se havia possibilidade de transmissão de humano para humano”, disse Chou.

Segundo o responsável, “a OMS confirmou que recebeu a carta, mas não respondeu”.

A China confirmou a transmissão de humano para humano em 20 de janeiro. E a OMS afirmou a 12 de janeiro que não havia evidências claras de transmissão de humano para humano.

Já o ministro da Saúde de Taiwan, revelou que no mesmo dia em que escreveram à OMS começaram “felizmente a iniciar a triagem de passageiros que chegavam de Wuhan e ativou o centro de emergência a 2 de janeiro”.

c/ agências

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