Brasil homenageia padroeira sem peregrinação massiva devido à pandemia
O Brasil homenageia hoje a Virgem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do país, embora sem as peregrinações maciças de outros anos devido às restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus.
Muitos peregrinos viajaram em romaria ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, na cidade de Aparecida do Norte, a 170 quilómetros de São Paulo, mas o número foi consideravelmente inferior ao de anos anteriores, quando se reuniram mais de 170 mil fiéis.
Várias excursões organizadas a partir de diferentes partes do país foram canceladas devido às limitações estabelecidas pela crise sanitária do novo coronavírus.
A maioria das comemorações previstas para o Dia de Nossa Senhora Aparecida foram canceladas para os fiéis, enquanto a missa em homenagem à Virgem, celebrada pelo arcebispo Orlando Brandes, contou apenas com cerca de mil devotos.
Na homilia, que foi transmitida virtualmente, o arcebispo pediu a preservação do meio ambiente para que "o Brasil não se perca em chamas", tendo em conta os incêndios que nos últimos meses devastaram milhares de hectares na Amazónia e no Pantanal, a maior zona húmida do planeta.
Antes do final da eucaristia, o arcebispo também pediu um minuto de silêncio para as vítimas do novo coronavírus.
O país sul-americano ultrapassou esta semana a barreira das 150 mil mortes, enquanto que o número de casos já passa de cinco milhões, o que coloca o Brasil como um dos países do mundo mais afetados pela pandemia, juntamente com Estados Unidos da América e Índia.
"Estamos mais alegres com menos pessoas, esperando que isto termine, mas é muito bom que aqui volte a multidão do povo de Deus", frisou o arcebispo.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e setenta e sete mil mortos e mais de 37,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.