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Portugal conseguiu contratualizar 420 milhões de euros de investimento em 2024 que vão criar mil postos de trabalho

por Antena 1

O ministro da Economia chama-lhe "um virar de página" com a agenda política a dar espaço à economia e à contratualização, em 2024, de 420 milhões de investimento para Portugal.

Em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, Pedro Reis vê, no apontar pelo primeiro-ministro do investimento como palavra-chave para este ano, uma viragem que vai dar espaço à agenda da economia e acelerar o crescimento económico, captando investimento e mantendo o que existe.
Neste sentido, o ministro anunciou que, no ano passado, a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) conseguiu contratualizar 420 milhões de investimento, um número muito superior ao registado em 2023 que foi de 42 milhões e, em 2022, com um registo de 12 milhões. Os investimentos previstos, de várias dimensões, "são uma prova de força" da economia e permitirão a criação de 1000 novos postos de trabalho direto.
As áreas de investimento, segundo Pedro Reis, vão ao encontro do "mosaico de investimento" que constitui a base da estratégica de aceleração da economia portuguesa que se pretende seguir.
O ministro da Economia adiantou ainda que em pipeline vários mil milhões para captar de investimento e que Portugal, se conseguir executar o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e o Portugal 2030 (PT2030), vai cumprir o crescimento previsto para este ano e poderá ter um crescimento ainda mais robusto em 2026.
Pedro Reis vê 2025 como um ano de transição. Admite preocupação com a situação da guerra na Ucrânia, uma eventual subida das tarifas nos Estados Unidos da América (EUA) e a situação na Alemanha e França, mas assegura que o Governo está a fazer tudo para ter "almofadas de compensação" na economia, para ter um ano de transição "mais imunizado".
Ainda assim reconhece que os efeitos da crise automóvel já se fazem sentir em Portugal, com uma quebra das encomendas e estão a obrigar as empresas a reconverterem negócios para outras áreas, como a Defesa ou a reduzirem produção.
Em concreto, em relação à Volkswagen, Pedro Reis garante que está em contacto permanente com o grupo e que "não há nenhum sinal de menos compromisso para com Portugal, de redução estrutural" e adianta que Portugal já sinalizou o interesse na produção de um veículo novo.
Relativamente ao PRR, o ministro da Economia revelou que a verba de 1,32 mil milhões, que o Banco de Fomento tem para executar até ao final de 2025, vai ser executada, mas também será alvo da reprogramação. Pedro Reis admite otimismo no trabalho a realizar pela nova Administração.
Nas agendas mobilizadoras admite que os projetos ligados ao hidrogénio poderão não ter condições para avançar desde já.
No apoio às empresas garante que o programa Acelerar a Economia está cumprido em 30% e vai estar concluído até ao verão.
Uma entrevista conduzida por Rosário Lira (Antena 1) e Maria Caetano (Jornal de Negócios).
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