Foto: Antena1
Com ou sem acordo dos operadores, na sequência da introdução do 5G, o roaming nacional vai mesmo avançar. A garantia é dada pelo presidente da ANACOM em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios. Ou seja, vai ser possível em todo o país, quando um operador não tem rede móvel, o telemóvel se possa conectar a outro operador, como aliás acontece quando um estrangeiro se desloca a Portugal.
Apesar das críticas já feitas pelos atrasos no lançamento do concurso do 5G, e dos prazos apertados que constam do regulamento do leilão em consulta pública, João Cadete Matos garante que vai conseguir lançar o concurso, em abril, conforme está previsto. Mais: o presidente da ANACOM prevê que para além das operadoras que já estão em Portugal, uma quarta venha a entrar no mercado e, se assim for, no final do ano será possível ter não 2, como recomenda a UE, mas 8 cidades cobertas com o 5G. "É algo que é realista mas depende da vontade dos operadores", acrescenta. Neste âmbito, assegura que está a decorrer, conforme previsto, a libertação da faixa dos 700 mhz que começou na semana passada, um processo que considera "exigente mas positivo".
João Cadete de Matos acredita que com a introdução do 5G em Portugal e a presença de mais um operador no mercado, os preços das telecomunicações para o consumidor final vão baixar, porque a competitividade vai aumentar. E quando confrontado com o nível de investimento que as operadoras terão de fazer e os descontos que vão ser dados aos que entrarem de novo no mercado, o presidente da ANACOM lembra que as empresas que já cá estão a operar têm tido um retorno que lhes permite baixar os preços, à semelhança do que se passa noutros países da UE. Assim sendo, assegura que há boas razões para acreditar que com a entrada de mais um operador isso vai acontecer.
Ainda assim, admite ir ao encontro de uma das reivindicações das operadoras e que passa pela redução das taxas de utilização das frequências móveis. Neste entrevista à Antena1 e ao Jornal de Negócios, João Cadete de Matos revela que apresentou ao governo uma proposta, que prevê "reduções substanciais", que representam menos "várias dezenas de milhões de euros ano". A decisão cabe agora ao governo que, recorde-se, também já adiantou que é sua intenção reduzir as taxas de utilização.
Pode ver aqui na íntegra esta entrevista de João Cadete de Matos, presidente da ANACOM, a Rosário Lira (Antena1) e Sara Ribeiro (Jornal de Negócios):