É o mais recente projeto da Agência Espacial Norte-americana, NASA e foi anunciado esta quarta-feira numa conferência emitida em direto no site da agência.
O objetivo é levar a Parker até cerca de sete mil quilómetros da superfície do Sol e realizar diversos mergulhos na atmosfera solar, para perceber como funciona a nossa estrela e o que o pode ser feito para medir com maior precisão eventos solares que afetam a Terra.
A missão foi inicialmente conhecida como Solar Probe Plus e foi aprovada em 2014. Esta quarta-feira a sonda foi rebatizada em honra de Eugene Parker, o físico da Universidade de Chicago que em 1958 previu corretamente a existência do vento solar, nome dado a uma corrente contínua de partículas provenientes do Sol e que permeiam todo o Sistema Solar.
O projeto custa à NASA cerca de 1,5 mil milhões de dólares e deverá permitir expandir o conhecimento sobre física estelar. A sonda foi especialmente concebida para suportar altas temperaturas e níveis de radiação nunca antes experimentados por outras sondas, já que terá de sobreviver a temperaturas da ordem dos 2,500 Fahrenheit (1,371 Celsius), a impactos de partículas supersónicas e à poderosa radiação solar, à medida que circundar a estrela.
Deverá ainda permitir aos engenheiros construir instrumentos e desenvolver técnicas mais avançadas para prever tempestades solares e outros eventos que podem destruir satélites e afetar as redes de distribuição elétrica e as viagens aéreas na Terra.
Os dados enviados à Terra - a cerca de 1,4 mil milhões de quilómetros - irão ajudar os cientistas a perceber porque é que a atmosfera solar - a coroa - é mais quente do que a superfície.
A sonda Parker tem o tamanho de um pequeno carro e está equipada com cinco instrumentos para medir e recolher amostras.
"Queremos medir o ambiente ali e perceber como realmente funcionam os processos que aquecem a coroa e que aceleram o vento solar", disse o principal cientista da NASA, Thomas Zurbuchen.
Concebida e construída pelo laboratório da Universidade John Hopkins, a Parker deverá ser lançada em julho do próximo ano. Irá ainda voar em torno do planeta Vénus sete vezes para conseguir colocar-se em órbita em torno do Sol em dezembro de 2014.
A sonda deverá orbitar o sol 24 vezes, cada vez mais próxima. A missão deverá terminar em 2025.