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Carlos Fiolhais critica falta de novo estatuto da carreira de investigação científica

por Nuno Rodrigues

Foto: Suzanne Plunkett/Reuters

O investigador da Universidade de Coimbra afirma que a grande falha deste Governo é não ter conseguido que a Ciência seja posta ao serviço do país.

Em declarações à Antena 1 depois de o ministro da Educação e Ciência ter remetido na terça-feira para o próximo Executivo o estatuto revisto da carreira de investigação científica, Carlos Fiolhais aponta vários problemas.

O professor universitário defende que seria importante que o estatuto avançasse, porque só assim se dignificaria a carreira de investigação.

O grande problema para a comunidade científica é não haver emprego para os cientistas que o país forma, obrigando muitos a emigrar.

Para além disso, é grave que a Ciência esteja a ser mantida por bolseiros, que vivem uma situação laboral precária.
Tutela chegou a apontar datas
O atual estatuto da carreira de investigação científica é de 1999. O novo estatuto chegou a ser prometido pela tutela para o fim de 2014.

Em entrevista à Antena 1 e ao Diário Económico em janeiro do ano passado, a secretária de Estado da Ciência, Leonor Parreira, apontou o fim de 2014 como o prazo para ter o novo documento.

Em junho de 2014, Leonor Parreira afirmou à agência Lusa que a proposta do Governo de revisão do estatuto da carreira de investigação científica estava pronta e aguardava apenas pelos pareceres finais do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, e de outras entidades, como o Conselho dos Laboratórios Associados e o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas.

(com Sandra Henriques)
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