O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, reconheceu terça-feira, em entrevista ao programa Trio de Ataque, da RTPN, que se o clube "tivesse tido um treinador português as coisas podiam ter corrido de outra forma".
Em relação a contratações para a próxima época esclareceu que o Benfica vai contratar no máximo mais dois jogadores, para além dos já assegurados Patric e Ramires, e deu a entender que Reyes irá continuar na Luz tendo em conta que Rui Costa o considerou "genial".
Sobre o director desportivo, rebateu a ideia de que seja imaturo, mas depois reconheceu que o deixou tomar decisões porque só "errando se pode crescer", admitindo que ele "cometeu erros" que o fizeram "crescer muito esta época".
"Quem sou eu para aconselhar um jogador ao Rui Costa, que ganhou muitas coisas aqui dentro e sabe como se ganha", lembrou Vieira, pedindo ao mesmo tempo que se dê tempo e deixe trabalhar o actual director desportivo.
Para Vieira, gerir o futebol não é apenas "carregar num botão" e deu o exemplo do que sucedeu com Camacho, cuja contratação "teve o apoio de 90 por cento da massa associativa" do Benfica e depois saiu do Benfica pela porta pequena.
O "Movimento Benfica, Vencer, Vencer", nomeadamente uma das suas figuras, Varandas Fernandes, a quem Vieira acusou de ter solicitado um almoço para
lhe pedir que o integrasse nos órgãos sociais do clube.
"Se eu tivesse aceite esse pedido não existiria este movimento que me tem criticado", afirmou Vieira, que também não poupou o antigo director desportivo, José Veiga, "um funcionário do clube" a quem não reconhece os méritos que lhe atribuem na conquista do título de 2004/05.
É o próprio Vieira que convida as pessoas a verificarem quem foram os jogadores que deram o título ao Benfica nessa época, visto que, "com excepção de um", todos os outros "foram contratados" pelo presidente do Benfica, citando os nomes de "Simão, Petit e Nuno Gomes" como pedras fundamentais para a conquista do título.