O Benfica tem um excelente registo nos oitavos de final da Liga dos Campeões em futebol, com cinco apuramentos e apenas uma eliminação, em vésperas de uma sétima presença, face ao FC Barcelona.
A única eliminação data de 2016/17, época em que as "águias" foram afastadas pelos alemães do Borussia Dortmund.
No total, são cinco qualificações e uma escassa eliminação, com imponentes 75% de vitórias (nove), mais um empate e duas derrotas, em 12 encontros, com um saldo positivo de 10 golos (21 marcados e 11 sofridos).
A equipa lisboeta defrontou nos "oitavos" o Liverpool, campeão europeu em 2004/05, e começou muito bem, ao vencer na Luz por 1-0, graças a cabeceamento vitorioso do central brasileiro Luisão, aos 84 minutos.
A vantagem parecia curta, mas em Anfield Road, os comandados do holandês Ronald Koeman realizaram uma exibição para a ‘lenda’, vencendo novamente, agora por 2-0, com ‘golaços’ de Simão (36) e do italiano Fabrizio Miccoli (89).
Meia dúzia de anos depois, em 2011/12, depois de eliminar o United na fase de grupos, o Benfica teve pela frente o Zenit e começou por perder por 3-2 na Rússia, onde, pelos encarnados, faturaram Maxi Pereira e Óscar Cardozo.
A reviravolta aconteceu na Luz, com um triunfo por 2-0, selado com golos nos descontos de cada uma das partes, novamente por Maxi Pereira (45+1 minutos) e o suplente Nélson Oliveira (90+3), agora no Vitória minhoto.
O duelo começou na Luz, onde o Benfica chegou ao triunfo já nos descontos, aos 90+1 minutos, com um golo do brasileiro Jonas, para, em São Petersburgo, os russos empataram a eliminatória, com um tento do ex-portista Hulk, aos 69.
Na parte final, prevaleceu, porém, o conjunto encarnado, com o argentino Gaitán a empatar o jogo, aos 85 minutos, e o brasileiro Talisca a selar mesmo novo triunfo das "águias", com um golo aos 90+6.
Em 2016/17, o Benfica voltou a começou bem, ao vencer por 1-0 na receção ao Borussia Dortmund, com o grego Mitroglu a marcar, aos 48 minutos, e Ederson a parar um penálti de Pierre-Emerick Aubameyang, aos 58, no jogo 500 de Luisão.
Mas, na Alemanha, os comandados de Rui Vitória acabaram goleados por 4-0, culpa de um "hat-trick" do gabonês (quatro, 61 e 85 minutos) e um golo do norte-americano Pulisic (59).
Os neerlandeses até começaram melhor, conseguindo um empate a dois na Luz, onde lideraram por 1-0 e 2-1, com tentos de Dusan Tadic (18 minutos) e Sébastien Haller (29), que já marcara na própria baliza (26).
O 2-2 final foi selado aos 72 minutos, pelo avançado ucraniano Roman Yaremchuk, que, desta forma, colocou tudo a zero, já que, em 2021/22, a UEFA decidiu "abolir" a regra dos golos fora, que deixaram de desempatar.
Tudo se decidiu na Johan Cruyff ArenA, em Amesterdão, nos Países Baixos, onde o Benfica resistiu ao ataque dos neerlandeses e foi eficaz ofensivamente aos 77 minutos, com um tento de Darwin Núñez, após livre de Grimaldo.
Na época seguinte, e depois de vencer um agrupamento em que constavam o PSG, de Messi, Mbappé e Neymar, e a Juventus, o "onze" de Roger Schmidt "passeou" face ao Club Brugge, que bateu por 7-1, com 2-0 na Bélgica e 5-1 na Luz.
Agora, dois anos depois – a época passada esteve nos "oitavos", mas da Liga Europa -, o Benfica regressa aos "últimos 16" da principal prova de clubes.
Os encarnados recebem o FC Barcelona na quarta-feira, pelas 20h00, e deslocam-se a Montjuïc em 11 de março, pelas 17h45 em Lisboa.