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Hugo Inácio condenado por agressão a um polícia

por RTP
Imagem do drama do Jamor, em 1996 record

Ao adepto benfiquista, autor da morte de um sportinguista, na final da Taça de Portugal de 1996, foi, agora, aplicada a sentença de 18 meses de prisão e a proibição de aceder a recintos desportivos

Hugo Inácio, adepto do Benfica já com antecedentes criminais, foi condenado, esta quinta-feira,  pelo Tribunal de Pequena Instância de Lisboa a 18 meses de prisão efetiva, com pena acessória de privação de entrar em recintos desportivos.

No entender da juíza Alice Moreira, "uma mera sanção com multa não se revela suficiente" para punir o arguido, de 38 anos, com vários antecedentes criminais, entre os quais um crime de homicídio.

A juíza considerou provada a agressão, com uma cadeira, de Hugo Inácio ao agente policial Jorge Miguel Carrilho, a 7 de novembro, após o jogo Benfica-Spartak de Moscovo (2-0), da Liga dos Campeões de futebol, durante confrontos entre as claques dos dois clubes.

"As sucessivas condenações não fizeram o arguido pensar em alterar comportamentos", afirmou a juíza durante a leitura da sentença, que Hugo Inácio ouviu do lado de fora da sala, por ter chegado já perto do final.

Hugo Inácio foi o autor do disparo mortal do very light, que, em 1996, matou Rui Mendes, adepto do Sporting, na final da Taça de Portugal, entre os eternos rivais.

Segundo a juíza, Hugo Inácio, que até junho deste ano cumpriu uma pena de prisão de seis anos, "tem de entender, de uma vez por todas, que estes comportamentos não são toleráveis".

No final da sessão, a mãe do arguido manifestou-se contra a sentença, o que levou a juíza a ordenar a sua saída da sala.

"Vou recorrer, nem que seja a última coisa que faço na vida", afirmou a mãe de Hugo Inácio.

Tanto o réu como a advogada se recusaram a indicar se vão recorrer da sentença.

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