Os restos mortais de Eusébio da Silva Ferreira têm esta sexta-feira honras de Panteão Nacional, local de culto para figuras de vulto da História de Portugal. O antigo jogador do Benfica vai juntar-se a nomes como Amália Rodrigues, Humberto Delgado ou Sophia de Mello Breyner Andresen.
O antigo internacional foi o rosto de um dos apogeus do futebol português nos anos 60 e 70, quando representava as cores do Benfica e da seleção nacional.
Eusébio marcou mais de 700 golos durante toda a sua carreira.
Viu os seus feitos serem reconhecidos com a atribuição de uma Bola de Ouro em 1965 (a primeira para um jogador português) e duas botas de Ouro, consequência de se ter sagrado o melhor marcador das ligas europeias.
O cortejo
Os restos mortais do antigo jogador do Benfica vão sair do cemitério do Lumiar cerca das 15h15, passando depois pelo Seminário da Luz, onde será rezada uma missa que contará com a presença da família de Eusébio.
De seguida, saindo do Seminário da Luz, a urna de Eusébio realizará uma viagem que contemplará passagens pelo Estádio da Luz, local onde o antigo avançado jogou durante 15 anos, mantendo-se na estrutura do clube com vários cargos associados ao futebol do Benfica.
Depois do Estádio do Benfica, a viagem seguirá e terá passagens pela Federação Portuguesa de Futebol e Assembleia da República, antes de chegar ao Panteão Nacional, no Campo de Santa Clara.
Na Igreja de Santa Engrácia, após a chegada do cortejo às 18h30, será este o programa da cerimónia:
Este é o percurso que a urna de Eusébio vai realizar:
Depois da chegada dos restos mortais da antiga lenda do Benfica, o seu companheiro de equipa, António Simões, realizará um elogio fúnebre. Lembre-se que o ex-médio dos encarnados jogou durante vários anos com Eusébio, partilhando balneário com a referência benfiquista.
A cerimónia terá um sublinhado musical, com Dulce Pontes a cantar o Hino Nacional e Rui Veloso a juntar-se a um coro para interpretação de temas.
O Presidente da República e a presidente da Assembleia da República usarão da palavra, antes da assinatura do Termo de Sepultura no Panteão Nacional por parte de Aníbal Cavaco Silva, Assunção Esteves e Pedro Passo Coelho.
Após a assinatura do Termo, a urna de Eusébio será transportada para a arca tumular que lhe está reservada no Panteão Nacional, por onde ficará imortalizado juntamente com outras figuras importantes da história portuguesa.
