Dois golos de Jan-Niklas Beste permitiram sábado ao Benfica derrotar o Pevidém por 2-0 e apurar-se para a quarta eliminatória da Taça de Portugal de futebol, num jogo em que foi superior perante um adversário combativo.
Após duas semanas e meia de interregno competitivo, as ‘águias’ apareceram em Moreira de Cónegos, ‘casa’ emprestada do Pevidém, com sete alterações no ‘onze’ face à goleada sobre o Atlético de Madrid (4-0), na Liga dos Campeões, apresentando Amdouni no apoio ao ponta de lança Artuhr Cabral, Rollheiser ‘encostado’ à ala direita e Beste, autor do golo inaugural, na esquerda.
Hoje mais adiantado no terreno, o lateral esquerdo apareceu ao segundo poste a encostar para o fundo as redes à guarda de Rui Ribeiro, após progressão de Aursnes e cruzamento de Kaboré, o que lançou os ‘encarnados’ para uma vantagem madrugadora.
Com mais bola frente a um adversário que deu sempre réplica até ao intervalo, a equipa treinada por Bruno Lage cercou várias vezes a área contrária, mas poucas vezes com a rapidez e precisão necessárias para criar perigo, o que facilitou a tarefa da linha mais recuada vimaranense, quase sempre concentrada.
O Benfica ameaçou, ainda assim, o segundo golo em remates de Álvaro Carreras à malha lateral exterior, aos 11 minutos, num cabeceamento de Arthur Cabral por cima após cruzamento de Kaboré, aos 29, e num ‘disparo’ de Rollheiser por cima após combinação na esquerda, aos 33.
A equipa de São Jorge de Selho, no concelho de Guimarães, tentou dividir o jogo, com várias trocas de bola à ‘flor’ da relva para se libertar da pressão benfiquista e chegar ao ataque, tendo provocado um ‘calafrio’ quando Marna, o ponta de lança, falhou por centímetros o cabeceamento em posição frontal, aos 39 minutos.
Com Schjelderup no lugar de Amdouni assim que começou a segunda parte, a formação lisboeta instalou-se com mais consistência junto à área pevidense, quase marcando num lance em que Carlos Rocha ‘aliviou’ pela linha final, aos 54, e em mais um remate de Rollheiser, muito ‘desafinado’ na pontaria, aos 58.
O Pevidém resistiu a esse esforço ‘encarnado’ e ‘respirou’ melhor a partir do minuto 60, mas sem a ‘frescura’ física da primeira parte para se ‘esticar’ no terreno e obrigar o adversário a defender junto à sua área.
Os comandados de Bruno Lage recuperaram algum ímpeto ofensivo com a entrada de Pavlidis, aos 66 minutos, e sentenciaram a partida à entrada para o último quarto de hora, quando Beste, descaído para a esquerda, desferiu um remate cruzado ao ângulo superior esquerdo, indefensável para Rui Ribeiro.
Jogo no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, em Moreira de Cónegos (Guimarães).
Pevidém – Benfica, 0-2.
Ao intervalo: 0-1.
Marcadores:
0-1, Beste, 03 minutos.
0-2, Beste, 75 minutos.
Equipas:
- Pevidém: Rui Ribeiro, Leandro Silva, Lima Pereira, Didi (Rodrigo Mendes, 87), Carlos Rocha, Simão Melhôr (Tiago Vieira, 87), Tiago Ronaldo, Araki (Yuya, 70), Pedrinho, Danilson (Atsushi, 63) e Marna (Ericson, 70).
(Suplentes: André Preto, Sardinha, Tiago Vieira, Otávio, Ericson, Atsushi, Rodrigo Mendes, Zé Rui e Yuya).
Treinador: João Pedro Coelho.
- Benfica: Samuel Soares, Kaboré (Leandro Barreiro, 79), Tomás Araújo, António Silva, Álvaro Carreras, Florentino, Aursnes (João Rego, 90), Rollheiser (Pavlidis, 66), Amdouni (Schjelderup, 46), Beste e Arthur Cabral (Gerson Sousa, 79).
(Suplentes: André Gomes, Bajrami, Diogo Prioste, Leandro Barreiro, João Rego, Schjelderup, Gerson Sousa, Gustavo Varela e Pavlidis).
Treinador: Bruno Lage.
Árbitro: David Silva (Associação de Futebol do Porto).
Ação disciplinar: cartão amarelo para Álvaro Carreras (52).
Assistência: cerca de 5.500 espetadores.