Com esta derrota, os verde-rubros podem perder o quarto lugar, caso o Sporting bata o Benfica no dérbi lisboeta de segunda-feira
A vitória no dérbi regional é a terceira consecutiva dos alvinegros, que mantêm a sétima posição, agora com 35 pontos, reduzindo para quatro pontos a diferença para o sexto, o Vitória de Guimarães.
O Marítimo, que não perdia há quatro jornadas, sofreu a sexta derrota no campeonato, continua em quarto, com 48 pontos, mas à mercê do Sporting, que está a um ponto, e, na segunda-feira, recebe o Benfica.
Nos primeiros 15 minutos de jogo, o Nacional deu a iniciativa ao adversário, mas depois assumiu o comando do jogo, nunca mais o perdendo.
Aos 23 minutos, os da Choupana chegaram à vantagem: Claudemir cobrou um livre e, de cabeça, golo de Mário Rondon que, aos 34, aproveitando um mau atraso de Roberge para o seu guarda-redes, fez o passe para Mateus faturar o segundo.
Ainda antes do intervalo, aos 37, numa boa combinação de Danilo Dias com Benachour, o franco-tunisino bateu Marcelo Valverde, com um remate cruzado, reduziu para o Marítimo.
A segunda parte iniciou-se praticamente com o terceiro golo do Nacional, o segundo do venezuelano Mário Rondon, correspondendo a assistência de Mihelic, que, de novo, assistiu Mateus, que bisou, aos 62 munutos, numa fase em que o Marítimo tentava reagir.
Com uma vantagem confortável, o Nacional permitiu ao adversário avançar no terreno, mas sem consequências; até que, já em tempo de compensação, aos 90+4, Ibrahim fez o segundo do Marítimo, a cruzamento de Oberdam.
Pedro Caixinha lembrou o trabalho que um jogo de futebol dá, dentro e fora do campo, a intensidade e a insatisfação necessárias para alcançar objetivos, "querer sempre mais".
"Hoje fomos campeões, (...)numa modalidade em que só quando as pesoas ganham lhe reconhecem competência", precisou o treinador do Nacional, que , agora, quer ganhar ao Sporting.
Quanto ao outro Pedro, o Martins, "orgulhoso" dos seus jogadores, é de opinião que o Marítimo entrou "bem no jogo, pressionando o adversário, remetendo-o para o seu meio campo".
Depois, aconteceu "um golo de bola parada e "um segundo que nos complicou as coisas", acrescentou.
"Reagimos e marcámos ainda antes do intervalo e quando pensávamos que
poderíamos responder, o adversário fez o 3-1, logo no início da segunda parte, facto que nos condicionou muito".
"Hoje foi um dia não, mas só perdemos três pontos.(...) Não é este momento menos bom que vai manchar a época que vimos fazendo, porque ainda faltam quatro jogos e, apesar de o objetivo europeu estar praticamente conseguido, estamos ainda empenhados na luta pelo quarto lugar", disse o técnico maritimista, que agradeceu o apoio constante dos adeptos.
Equipas:
- Marítimo: Peçanha, Briguel, João Guilherme, Roberge, Luís Olim, Roberto Sousa, Rafael Miranda, Benachour (Olberdam, 51), Danilo Dias, Fidelis (Fábio
Felício, 74) e Edivândio (Ibrahim, 51).
(Suplentes: Salin, Igor Rossi, Robson, Ibrahim, Olberdam, João Diogo e Fábio Felício).
- Nacional: Marcelo Valverde, João Aurélio, Luís Neto, Danielson, Marçal, Moreno (Ivan Todorovic, 64), Claudemir (Andrés Madrid, 77), Diego Barcellos
(Mihelic, 27), Mateus, Mário Rondon e Candeias.
(Suplentes: Igor, Ivan Todorovic, Mihelic, Juliano, Andrés Madrid, Márcio Madeira e Keita).
Árbitro: Duarte Gomes (Lisboa).
Ação disciplinar: cartão amarelo para Claudemir (40), Moreno (41), Andrés
Madrid (79) e Ibrahim (90+4).
Assistência: cerca de 4.500 espectadores.