CD da Federação iliba FC Porto pela falha energética do VAR na receção ao Arouca
O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) ilibou o FC Porto de responsabilidades pelas falhas energéticas do sistema de videoárbitro (VAR) observadas durante a receção ao Arouca (1-1), da I Liga.
Em comunicado, a secção profissional do órgão disciplinar vinca que "não foi feita prova" em sede de instrução de que os `azuis e brancos` tivessem provocado o `apagão` e que "não foi detetada qualquer avaria" no sistema tecnológico de auxílio ao árbitro principal.
O técnico de suporte ao VAR, Adriano Costa, também acabou absolvido da acusação de inobservância de outros deveres, mas foi suspenso por 23 dias e multado em 230 euros pela sua falta de comparência em diligências "para as quais foi regularmente notificado".
Em 05 de setembro, o CD da FPF instaurou um processo de inquérito ao `apagão` de 14 minutos do sistema de VAR observado no encontro entre FC Porto e Arouca, da quarta ronda do campeonato, que se realizou dois dias antes, no Estádio do Dragão, no Porto.
Em causa esteve, de acordo com o Conselho de Arbitragem (CA) federativo, uma falha energética do videoárbitro entre os 87 e os 90+11 minutos, tendo o respetivo suporte de reserva ficado esgotado, versão reforçada pela Altice, mas negada pela FC Porto SAD.
Os `dragões` submeteram um protesto dessa partida junto do Conselho de Justiça (CJ) federativo, tendo em vista a sua repetição, devido à atuação do árbitro Miguel Nogueira durante a reversão de uma grande penalidade assinalada por falta sobre Mehdi Taremi.
Alertado pela equipa de videoarbitragem (VAR) para conferir as imagens da jogada, que sucedeu aos 90+6 minutos, quando os arouquenses venciam por 1-0, o `juiz` deparou-se com alegadas dificuldades técnicas, contactou via telefónica Rui Oliveira, o VAR desse encontro, e chamou os treinadores das duas equipas para transmitir a sua decisão final.
"Essa ação de Miguel Nogueira constitui uma violação das regras de jogo e um erro de direito com potencial impacto grave no desfecho do jogo", referiu, na altura, o FC Porto.
Em 24 de outubro, o CJ da FPF julgou como improcedente esse protesto dos `dragões` e ditou "a não anulação do jogo e a sua não repetição", descartando ter havido "erro de arbitragem" do `juiz` principal, que "não violou os princípios do VAR nem as leis de jogo".
Depois desse episódio, o FC Porto dispôs de mais uma grande penalidade, que o luso-brasileiro Galeno desperdiçou, aos 90+15 minutos, com o brasileiro Evanilson a repor a igualdade, aos 90+19, após o espanhol Cristo González ter adiantado o Arouca, aos 84.