Um grupo de 50 adeptos entrou na Academia de Alcochete de cara tapada. Os adeptos ameaçaram os jornalistas para não gravarem a entrada no local, tendo havido agressões a jogadores da equipa principal, que se recusa a treinar.
"O Sporting Clube de Portugal repudia de forma veemente os acontecimentos registados hoje na Academia Sporting. Não podemos de forma alguma pactuar com actos de vandalismo e agressão a atletas, treinadores e staff do Futebol Profissional, nem com atitudes que configuram a práctica de crime que em nada honram e enobrecem o Sporting Clube de Portugal".
O clube de Alvalade deixou palavras de repúdio para as ações que tiveram lugar em Alcochete e anunciou que tomará todas as diligências necessárias para apurar responsabilidades.
"O Sporting não é isto, o Sporting não pode ser isto. Tomaremos todas as diligências no sentido de apurar cabais responsabilidades pelo que aconteceu e não deixaremos de exigir a punição de quem agiu desta forma absolutamente lamentável".
A GNR esteve no local onde um grupo de cara tapada entrou em campo e agrediu jogadores, Jorge Jesus e staff com o lançamento de tochas para o relvado onde decorria o treino. Um balneário também foi detruído pelos intrusos.
Entre os jogadores do plantel do Sporting, os principais visados foram Bas Dost, Misic, William Carvalho e Marcos Acuña. Bruno de Carvalho já se encontra na Academia do Sporting.
Liga repudia acontecimentos em Alcochete
A Liga de Clubes já emitiu um comunicado onde mostra o seu repúdio aos atos que tiveram lugar na Academia do Sporting esta tarde. No texto publicado no site oficial, a Liga afirma que as pessoas responsáveis pela invasão "não são adeptos de futebol mas sim criminosos".
"A Liga Portugal repudia veementemente os atos violentos de que hoje foram alvo os futebolistas e a equipa técnica do Sporting Clube de Portugal, liderada por Jorge Jesus, na Academia de Alcochete".
o organismo, liderado por Pedro Proença, condenou o que aconteceu e reitera não tolerar comportamentos de coação para com qualquer agente desportivo.
"A Liga Portugal condena toda e qualquer manifestação de violência física ou verbal, nomeadamente atos de coação, quer a agentes desportivos, quer aos representantes dos órgãos de comunicação social, que mais não estão do que a fazer o seu trabalho".